Folha Informativa-Ecos do Beato


Comunidade Paroquial S. Bartolomeu do Beato

ECOS DO BEATO

Folha Informativa – Dezembro de 2012 – N.º 22

Lumen Gentium – Novo modo de ser Igreja
Constituição Dogmática do Concilio Vaticano II sobre a Igreja (21-11-1964)
Este é provavelmente o documento mais importante do Concílio do Vaticano II, pois fez a Igreja refletir sobre a sua essência, sobre a sua origem e constituição interna. A sua redescoberta como mistério marca este retorno às origens ao mesmo tempo que se abre a todas as novidades trazidas pelos novos tempos. A consciencialização da Igreja como mistério ligado ao mistério de Cristo e não como sociedade deu um novo rumo e apontou caminhos interessantes que infelizmente não foram bem explorados ao longo destes 50 anos. Há muito a ser feito. Como recorda a professora Manuela Carvalho: a «Lumen Gentium ainda não é vivida nem aplicada […] Alguns pontos desta Constituição foram vistos, como a questão da colegialidade e do episcopado, mas o fundamento, a raiz da própria Igreja, é mais difícil. Exige muito da vida cristã.»

Ao convocar o Concílio Vaticano II, o Papa João XXIII tinha um objectivo bastante claro: aggiornamento, actualização da Igreja diante das questões postas pela sociedade da época. Os trabalhos e documentos deveriam seguir esta linha, mas ao final da primeira sessão nenhum dos 72 documentos propostos tinha sido aprovado. João XXIII morreu meses depois, em 3 de Junho de 1963. Paulo VI sucedeu-o e retomou os trabalhos conciliares sob uma nova perspectiva. Meses antes, Paulo VI, na época Cardeal Montini, tinha-se pronunciado, afirmando que o Concílio deveria ocupar-se de um único problema: «a Igreja», isto é, reflectir sobre a essência da Igreja. Este seria o novo caminho a seguir.

Do projecto inicial de 72 documentos passa-se para 16, deixando aspectos secundários para intervenções futuras do Papa e das Congregações Pontifícias. A constituição sobre a Igreja - Lumen Gentium - torna-se como que o tronco do Concílio e representa, no campo da eclesiologia, uma autêntica revolução. Surge um novo modo de ser e de compreender a Igreja. De um modelo de Igreja como sociedade perfeita passa-se agora a uma pluralidade de imagens, complementares entre si e orientadas pela perspectiva do mistério e da Trindade.

O documento final, votado apenas após cada um dos capítulos ser aprovado individualmente, foi promulgado a 21 de Novembro de 1964, após receber 2151 votos a favor e apenas cinco contra. É composto por oito capítulos, onde se descreve diferentes aspectos da Igreja.

No primeiro capítulo somos introduzidos no «mistério da Igreja»: a Igreja é o reino já presente em mistério e cresce pelo poder de Deus; «é o povo congregado na unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo» (LG 4). Resgata-se uma série de imagens que desde as origens do cristianismo representaram a Igreja: rebanho, lavoura de Deus, edifício, Jerusalém do alto, templo do Espírito e corpo de Cristo com diferentes membros, guiados pela única cabeça: Cristo, que é a Luz dos Povos.

Enquanto o primeiro capítulo considera o corpo eclesial a partir do mistério trinitário, o segundo apresenta o seu desenvolvimento histórico. O novo povo de Deus, uno e universal, é formado por todos os que crêem. Na nova aliança, todos são chamados a ir e baptizar, segundo a ordem de Cristo em Mt 28,18-20, constituindo assim uma Igreja missionária.

O terceiro e o quarto capítulos descrevem a estrutura orgânica da Igreja. Todos os baptizados, fiéis ou pastores, têm a mesma vocação fundamental e são associados à mesma missão. Primeiramente fala-se da constituição hierárquica da Igreja, especificando a função dos bispos (pregar o Evangelho, governar e santificar o rebanho), presbíteros e diáconos, que estão ao serviço do povo de Deus. A seguir trata dos leigos, aos quais «compete por vocação procurar o Reino de Deus tratando das realidades temporais e ordenando-as segundo Deus» (LG 31). Os leigos, cada vez mais valorizados, são chamados à santidade a partir da sua vida de inserção no mundo. Para tal é sempre actual a necessidade de se investir na formação e na participação dos leigos na vida eclesial.

O Concílio pede que entre pastores e fiéis haja uma «comunidade de relações» e um mútuo apoio, pois todos são «chamados à santidade». Este é o tema do quinto e do sexto capítulos. A missão essencial da Igreja é a santificação: a Igreja é santa e todos na Igreja são chamados à santidade. No coração desta vocação comum a todos situa-se a vida consagrada.

O Concílio assinala os conselhos evangélicos como dom divino, consagração ao serviço de Deus. Nos próximos meses retomaremos a reflexão sobre os religiosos, os leigos e o clero ao tratar de outros documentos conciliares específicos sobre cada um destes temas.

Nos dois últimos capítulos da Lumen Gentium há a descrição do desenvolvimento escatológico da Igreja e o papel de Maria nesta caminhada, no mistério de Cristo e da Igreja. A Igreja peregrina está em união com a Igreja celeste e só será consumada na glória celeste (LG 48).

Esquema da Lumen Gentium

A Lumen Gentium (Luz dos Povos) é um dos mais importantes textos do Concílio Vaticano II. O texto desta Constituição dogmática foi demoradamente discutido durante a segunda sessão do Concílio. O seu tema é a natureza e a constituição da Igreja, não só enquanto instituição, mas também enquanto Corpo místico de Cristo. Foi objecto de muitas modificações e emendas, como, aliás, todos os documentos aprovados. Inicialmente surgiram, para o texto base, cerca de 4.000 emendas.

Depois de devidamente consideradas as modificações propostas, o texto definitivo foi sujeito globalmente à votação no dia 19 de Novembro: 2145 votantes; 2134 placet; 10 non placet; 1 nulo. No dia 21 de Novembro de 1964, a última votação teve o seguinte resultado: 2151 placet e 5 non placet, após o que o Papa Paulo VI promulgou solenemente a Constituição.

Os números correspondem às secções indicadas no texto entre parênteses.

1.          O Mistério da Igreja (1-8)

2.          O Povo de Deus (9-17)

3.          A constituição hierárquica da Igreja e em especial o episcopado (18-29)

4.          Os Leigos (30-38)

5.          A vocação de todos à santidade na Igreja (39-42)

6.          Os Religiosos (43-47)

7.          A índole escatológica da Igreja peregrina e a sua união com a Igreja celeste (48-51)

8.          A bem-aventurada virgem Maria Mãe de Deus no mistério de Cristo e da Igreja (52-69)

         1.Proémio (52-54)

         2.A virgem Maria na economia da salvação (55-59)

         3.A virgem santíssima e a Igreja (60-65)

         4.O culto da bem-aventurada virgem Maria na Igreja (66-67)

         5.Maria, sinal de segura esperança e de consolação para o Povo de Deus peregrinante (68-69).

 

Natal 2012 

A Fé revela-nos o verdadeiro amor de Deus!

O Natal celebra o verdadeiro amor de Deus por nós, que se fez um de nós e veio para o meio de nós. “E o verbo fez-se homem e habitou entre nós, e nós vimos a sua glória, Glória que lhe vem do Pai, como Filho único cheio de graça e de verdade” Jo.1,14.

A Palavra de Deus revela-nos também o verdadeiro sentido do mistério do Natal: Deus visita o seu povo. Saibamos acolhê-Lo presente nos nossos irmãos! “Quando um silêncio profundo envolvia todas as coisas e a noite ia meio do seu curso, então a Vossa Palavra Omnipotente desceu dos céus” Sabedoria 18-14

“Deus amou de tal modo o mundo que lhe deu o Seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça mas tenha a vida eterna.” Jo. 3-16


O Pároco e os Organismos da Comunidade Paroquial de São Bartolomeu do Beato formulam votos de Boas Festas, Santo e Feliz Natal, Próspero Ano Novo, cheio de Paz, Alegria e Graça de Deus para todas as famílias da Paróquia. Agradecem todos os gestos de amizade e colaboração manifestados ao longo de todo o ano de 2012 e nesta quadra de Natal.

O Pároco                    Pe. Manuel Vitorino Fernandes
 

PARA A FESTA DO NATAL, EM FAMÍLIA
 

O MENINO DEUS (Auto de Natal do Funchal)

 

Pastorinha fala com alvoroço:

 Um pastor vindo de longe
 
À nossa porta bateu:

Trouxe recado que diz:

 - O Deus – Menino nasceu. 
 

Outra pastora, mais velha, continua:
 
Este recado tivemos,

 Já meia-noite seria.

 Estrelas do céu, lá vamos
 
Dar parabéns a Maria.

 
Pastor, muito comovido, pergunta:


Mas que havemos de levar

 A um Deus que tanto tem?
 

Outro pastor aconselha:

 
Ainda que muito tenha

Sempre gosta que lhe dêem.

 

Outro pastor, já velho, mas feliz:


 Eu lhe devo um cordeirinho,
 
O melhor que eu encontrar
 

Volta a falar o segundo pastor:

 
E eu lhe levo um requeijão,

O melhor que eu requeijar.
 

Adianta-se uma pastora, muito pressurosa:

 

 Pois também aqui lhe levo

 Fofinhos, p’ra lhe oferecer
 
Bons merendeiros de leite,

  Favos de mel, p’ra comer.

 

Fala, agora, a primeira pastora:

 
Vamos ter com os mais pastores,

Não se percam no caminho,

Vamos todos, e depressa,

Adorar o Deus – Menino! 

A segunda pastora dirige-se aos mais pequeninos:

 Vinde também, pastorinhos,
 
Vinde, correi a Belém.

Vinde visitar Maria

Que divino Filho tem.
 

Em coro, cantam todos:

 Esta noite é noite santa,

 Inda assim, mesmo tão fria.
 
Vamos todos a Belém

 Visitar Jesus, Maria.
 

Depois, em frente do Presépio, exclamam:
 
Ai, que formoso Menino!

Ai, que tanta graça tem!

Ai, que tanto se parece
 
Com sua Senhora Mãe!
 

Em coro, cantam todos, novamente:
 
Esta noite é noite santa

Outra mais santa não há.

Que lindo botão de rosa

Desabrochou em Judá.

NATAL 

Inventámos Consoadas

e Meninos em palhinhas;

fizemos árvores, luzinhas,

embrulhos e embrulhadas,

muitas coisas e coisinhas

que não valem mesmo nada;

e do NATAL,
 
do seu sentido profundo,

dessa LUZ QUE VEIO AO

MUNDO,
 
nem sinal.
 
NATAL: LABAREDA IMENSA

a iluminar o Caminho,

que o homem teima em

não ver.
NATAL: ETERNA PRESENÇA,

VIDA de DEUS entre os Homens,

que o Homem teima em

não querer.
 
Se todo o crente aceitar

o anúncio que Deus lhe envia,

o ESPÍRITO habita nele

como habitou em Maria.

 
E, em cada instante que passa,

em contínua Incarnação,

vive, por Divina Graça,

um Cristo em cada Cristão.

 
E, tal como em Nazaré

aconteceu com Maria,

em todo aquele que crê

É NATAL em cada dia.

 
NATAL:

TRANSFUSÃO DE AMOR

ligando a Terra e os Céus.

É NATAL todos os dias

se o Homem vive em Deus.

                      Luís Santiago  

NOITE FELIZ

 

A mais famosa canção de Natal, “Noite Feliz”, foi composta nas vésperas de Natal de 1818 numa aldeia dos Alpes, por um padre de nome Joseph Mohr, que fez os versos, e por um mestre – escola chamado France Xavier – Gruber, que escreveu a música.

Esta canção foi criada na aldeia austríaca de Oberndorf, nas montanhas do Tirol.

“Noite Feliz” nasceu para preencher uma lacuna:

Nas missas da meia-noite as pessoas estavam acostumadas a ouvir a melhor música. Veio a descobrir-se, entretanto, que o órgão tinha sido estragado pelos ratos e não havia possibilidades de o reparar a tempo.

Surgiu então a ideia de uma solução de emergência: compor uma canção para que o organista, excelente tocador de violão, a apresentasse naquela noite.

Foi cantada por um coro de crianças acompanhado por uma viola de doze cordas, instrumento típico do Tirol. 

LITURGIA DA PALAVRA

-2 de Dezembro I Domingo do Advento

(Jer 33, 14-16)

"Farei germinar para David um rebento de justiça."

(1 Tes 3, 12-4, 2)

"O Senhor confirme os vossos corações no dia de Cristo."

(Lc 21, 25-28.34-36)

"A vossa libertação está próxima."
 

O Advento é um tempo de alegria e expectativa pela chegada do Deus Menino. Mas é, também, um tempo de compromisso, no qual a liturgia nos convida a viver os valores da esperança, da oração, da pobreza e da solidariedade.
 

-8 de Dezembro – Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria

(Gen 3, 9-15.20)

"Estabelecerei inimizade entre a tua descendência e
a descendência dela."

(Ef 1, 3-6.11-12)

"Deus escolheu-nos em Cristo, antes da criação do mundo."

(Lc 1, 26-38)

"Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é contigo."
 

Maria é a nova Eva, Mãe da humanidade, imaculada desde a concepção, livre de qualquer pecado. O dogma foi enaltecido com a aparição da Virgem em Lourdes, onde declarou ser a “Imaculada Conceição”.

-9 de Dezembro – II Domingo do Advento

(Bar 5, 1-9)

"Deus mostrará o teu esplendor."

(Filip 1, 4-6.8-11)

“Puros e irrepreensíveis para o dia de Cristo.”

(Lc 3, 1-6)

“Toda a criatura verá a salvação de Deus.” 

Durante o tempo do Advento devemos prepararmo-nos para acolher a salvação que se aproxima com o nascimento do Filho de Deus, a fim de prepararmos o caminho do Senhor. 

-16 de Dezembro – III Domingo do Advento

(Sof 3, 14-18a)

"O Senhor exulta de alegria por tua causa."

(Filip 4, 4-7)

"O Senhor está próximo."

(Lc 3, 10-18)

"Que devemos fazer?" 

Na proximidade do Natal somos convidados a repetir a pergunta: e nós, o que devemos fazer? E assim determinar um projecto de vida segundo o Evangelho. Um projecto que, de facto, revele o nosso baptismo no Espírito e a nova sociedade iniciada por Cristo.

-23 de Dezembro – IV Domingo do Advento

(Miq 5, 1-4a)

"De ti sairá Aquele que há-de reinar sobre Israel."

(Hebr 10, 5-10)

"Eu venho para fazer a Vossa vontade."

(Lc 1, 39-45)

"Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?" 

Como Isabel nós, hoje, devemos alegrarmo-nos com a preparação da grande festa do nascimento de Jesus, que nos traz paz e enche de expectativa e de esperança. 

-25 de Dezembro – Natal do Senhor

(Is 52, 7-10)

"Todos os confins da terra verão a salvação do nosso Deus."

(Hebr 1, 1-6)

"Deus falou-nos por Seu Filho."

(Jo 1, 1-18)

"O Verbo fez-Se carne e habitou entre nós." 

Celebrar o Natal é, acima de tudo, comemorar a alegria, a vida, o amor que nasce com Cristo e é transmitido a todos os cristãos. Ao celebrarmos o nascimento de Jesus, celebramos o surgimento de um novo modo de viver.

 -30 de Dezembro – Sagrada Família de Jesus, Maria e José

(Eclo 3, 3-7.14-17a)

"Aquele que teme a Deus honra os seus pais."

(Col 3, 12-21)

"A vida doméstica no Senhor."

(Lc 2, 41-52)

"Jesus é encontrado por Seus pais no meio dos doutores." 

A família de Nazaré sempre serviu como o exemplo a ser seguido por todas as famílias cristãs, pois concentra os valores necessários para se alcançar a felicidade humana e a salvação divina. Ela é humilde, protectora, fiel, pacífica acolhedora e muito mais.
 
INTENÇÕES DO PAPA

PARA O APOSTOLADO DA ORAÇÃO


Intenção geral

Acolher os emigrantes. Para que, em todo o mundo, os emigrantes sejam acolhidos, especialmente pelas comunidades cristãs, com generosidade e autêntica caridade. 

Intenção missionária

Cristo, luz da humanidade. Para que Cristo se revele a toda a humanidade com a luz que procede de Belém e se reflecte no rosto da Sua Igreja. 

TOME NOTA
 
1/12 – 15h45 - Batismo de crianças da Catequese;

17h30 – Missa pelas intenções de uma família;

21h - Encontro de Formação do Ano da Fé em Moscavide. Oração Vicarial dos Jovens em Marvila.

2/12 - Campanha do Advento I semana: Azeite e Óleo.

17h – Tarde de reflexão sobre os documentos do Concílio Vaticano II “Lumen Gentium” (A Igreja).

4/12 – 16h - Reunião do Secretariado Permanente.

7/12 – 17h - Reunião do Apostolado de Oração;

18h - Exposição do Santíssimo Sacramento;

8/12 – 11h -1ª Comunhão de crianças da Catequese;

Exposição dos presépios na sacristia;

Campanha do Advento II semana: Leite e Açúcar.

11/12 – 10h30 - Reunião de Vigararia II.

15/12 -16h - Festa de Natal da Paróquia, na Igreja do Beato.

16/12- Bênção dos presépios, nas missas.

16h - Celebração Penitencial de Adultos;

Campanha do Advento III semana: Massas e Arroz.

22/12 - Campanha do Advento IV semana: Enlatados.

24/12 - 17h -Vigília de Natal Missa.

23h - Missa do Galo.

25/12 - Dia de Natal, Missa às 11h e às 18h30.

31/12 – 19hMissa vespertina de Santa Maria Mãe de Deus.
 

Crianças da Catequese a baptizar em 1 de Dezembro:

Carolina Margarida Caetano Caldas

Íris Neves Dias

Paulo Ricardo Machado Faria

Tatiana Sofia Furtado Costa

Tomás David Caetano Caldas

Valter Sacramento Ferreira 

Crianças da Catequese que recebem a 1ª Comunhão em 8 de Dezembro:

Bernardo Filipe Mota

Inês Lobo Mateus

Íris Neves Dias

Jéssica Alexandra Martins Pereira

Joana da Silva Martins Marinho de Almeida

Jorge Ferreira Vilas Lopes

Madalena Tavares Martins Melo Duarte

Mafalda Maria Mesquita Domingues Nunes

Margarida Venâncio Simão

Maria Ana Cardoso Silva Rodrigues Costa

Mariana Correia Falcão

Miguel Covelinhos da Rocha

Paulo Ricardo Machado Faria

Rafael Santos Fernandes

Tanya Moutinho Esteves

Tatiana Sofia Furtado Costa

Tiago Filipe Pereira de Figueiredo

Tomás David Caetano Caldas

Valter Sacramento Ferreira
 

Folha elaborada e distribuída sob responsabilidade do
Pároco, Pe. Manuel Vitorino da Silva Moreira Fernandes
Rua do Grilo, n.º 116C   1950-146 Lisboa
Tel: 21 868 17 35     Fax: 21 868 08 07



Comunidade Paroquial S. Bartolomeu do Beato

ECOS DO BEATO

Folha Informativa – Novembro de 2012 – N.º 21
CELEBRAR E VIVER O CONCÍLIO VATICANO II

(da nota Pastoral da Conferência Episcopal
Portuguesa, Fátima, 19 de Abril de 2012)
 
1. Iniciativas pastorais para viver o Concílio
O Santo Padre quis fazer coincidir o início do Ano da Fé com a celebração do cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II. Assim, recordamos a importância de integrar nos nossos planos pastorais as indicações gerais e as propostas de acção que se encontram na Carta apostólica Porta Fidei do Papa Bento XVI e na Nota com indicações pastorais para viver o Ano da Fé.
Os Bispos da Igreja em Portugal exortam os agentes pastorais, a nível de dioceses, paróquias, congregações, movimentos e os responsáveis das mais diversas instituições eclesiais, que promovam o estudo, a reflexão e a aplicação do Concílio Vaticano II, sobretudo dos documentos mais relevantes, as Constituições: Lumen gentium, sobre a santa Igreja; Sacrosanctum Concilium, sobre a sagrada Liturgia; Dei Verbum, sobre a Revelação divina; e Gaudium etSpes, sobre a Igreja no mundo contemporâneo.
Propomos que as atividades e iniciativas programadas, como cursos, jornadas, pregações, retiros, encontros, peregrinações, intervenções na comunicação social e a própria oração, possam abordar temas na linha das efemérides celebradas.
O momento celebrativo, a nível nacional, será a 13 de Outubro, em Fátima, aproveitando a habitual peregrinação e praticamente em coincidência com a data da abertura do Concílio há 50 anos. Fraternalmente unidos, agradeceremos a Deus a grande graça do Concílio Vaticano II, que ainda hoje continua a ser bússola segura que norteia a vida e a ação da Igreja de Cristo.
Ao mesmo tempo que celebramos o cinquentenário da abertura do Concílio, comemoramos também o vigésimo aniversário da publicação do Catecismo da Igreja Católica, que já tem uma edição adaptado aos jovens, o Youcat. O Santo Padre Bento XVI recorda que «para chegar a um conhecimento sistemático da fé, todos podem encontrar um subsídio precioso e indispensável no Catecismo da Igreja Católica. Este constitui um dos frutos mais importantes do Concílio Vaticano II». Ler, estudar e dar a conhecer o Catecismo da Igreja Católica é, sem dúvida, um modo muito recomendável de assimilar o espírito e a letra do Concílio do século XX, de tanta atualidade ainda nos primórdios do século XXI.
As próximas Jornadas Pastorais do Episcopado, em junho, serão também momento de reflexão para avaliar o que já se fez com vista a pôr em prática o Concílio e para projetar o que ainda falta fazer. Todos precisamos de nos examinar para ver o que o Espírito diz à Igreja em Portugal, a fim de continuar a experiência de Pentecostes do Vaticano II.
O dinamismo de renovação conciliar deve também passar pelo projeto em que está envolvida a Igreja nos últimos tempos: «Repensar juntos a Pastoral da Igreja em Portugal», no horizonte da nova evangelização.
2. Gaudium et Spes, a Carta Magna da Pastoral Social
A Gaudium et Spes é uma Constituição pastoral sobre a Igreja no mundo actual, a 4ª das Constituições do Concílio Vaticano II. Trata fundamentalmente das relações entre a Igreja Católica e o mundo onde ela está e actua.
Inicialmente ela constituía o famoso "esquema 13", assim chamado por ser esse o lugar que ocupava na lista dos documentos estabelecida em 1964. Sofreu várias redações e muitas emendas, acabando por ser votada apenas na quarta e última sessão do Concílio. A última votação teve os seguintes resultados: 2309 placet; 75 non placet; 10 nulos. O Papa Paulo VI, no dia 7 de Dezembro de 1965, na 9ª sessão solene, promulgou esta Constituição.
Formada embora por duas partes, constitui um todo unitário. A primeira parte é mais doutrinária, sobre a condição do homem no mundo de hoje tratando de vários temas eclesiológicos (muitos deles já debatidos no Lumen Gentium), tais como a missão de serviço ou o sacerdócio comum do Povo de Deus. A segunda parte é fundamentalmente pastoral, centrando-se nos diversos problemas do mundo actual: "a explosão demográfica, as injustiças sociais entre classes e entre povos e o perigo da guerra nuclear", matrimónio e família, progresso cultural, vida económica e social, comunidade política e paz na comunidade internacional, entre os outros problemas sociais e económicos. Esta Constituição também mostrou uma maior tolerância da Igreja em relação aos progressos científicos.
Trata-se de um documento muitíssimo importante, pois significou e marcou uma viragem da Igreja Católica "de dentro" (debruçada sobre si mesma), "para fora" (voltando-se para as realidades económicas, políticas e sociais das pessoas no seu contexto). Por isso, este documento constituiu também um passo importante no aggiornamento proposto pelo Concílio e na fixação da Doutrina Social da Igreja
3. Esquema da Gaudium et Spes
1. Proémio (1-3)
2. Introdução: A condição do Homem no mundo actual (4-10)
3. Primeira parte: A Igreja e a vocação do Homem (11-45)
1.     A dignidade da pessoa humana (12-22)
2.     A comunidade humana (23-32)
3.     A actividade humana no mundo (33-39)
4.     A função da Igreja no mundo actual (40-45)
4. Segunda parte: Alguns problemas mais urgentes (46-93)
1. A promoção da dignidade do matrimónio e da família (47-52)
2. A conveniente promoção do progresso cultural (53-62)
1. Condições da cultura do mundo actual (54-56)
2. Alguns princípios para a conveniente promoção da cultura (57-59)
3. Alguns deveres mais urgentes dos cristãos com relação à cultura (60-62)
3. A vida económico-social (63-72)
1. O desenvolvimento económico (64-66)
2. Alguns princípios orientadores de toda a vida económico-social (67-72)
4. A vida da comunidade política (73-76)
5. A promoção da Paz e a Comunidade Internacional (77-93)
1. Evitar a guerra (79-82)
2. Construção da Comunidade Internacional (83-93)
Atenção: Este esquema da Constituição Gaudium et Spes, assim como o das outras Constituições, exige a leitura do texto completo das mesmas que podem encontrar no Google Gaudium et Spes a Igreja no mundo actual, etc.
 Na Paróquia do Beato há, na tarde de Domingo, dia 4 de Novembro, às 17h, uma reflexão, para todos, sobre a Constituição Gaudium et Spes. No 1º Domingo, de cada mês e à mesma hora, há reflexão sobre as outras Constituições. Todos estão convidados a participar!
 Na Paróquia de Moscavide há também, na noite do dia 10 de Novembro, às 21h, uma reflexão sobre a Constituição Gaudium et Spes aberta a todos. Também haverá reflexão sobre as outras Constituições nos dias 17 e 24 de Novembro e 1 de Dezembro à mesma hora.
Julgo ser esta uma forma de promover o estudo, a reflexão e a aplicação do Concílio do Vaticano II, sobretudo dos documentos mais relevantes.
Assim, nós cristãos, neste Ano da Fé, somos convidados a reavivar o zelo apostólico. Como vosso Pároco, quero fazer esta caminhada convosco neste Ano da Fé, (2012-2013).
Que Nossa Senhora a primeira grande crente e Mãe da Igreja, nos guie no aprofundamento desta fé que foi a grande força da sua vida.
Desejo, a todos, Santo Ano da Fé.
 

LITURGIA DA PALAVRA
-1 de Novembro Todos os Santos
(Ap 7, 2-4.9-14)
"Vi uma multidão imensa, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas."
(1 Jo 3, 1-3)
“Veremos a Deus tal como Ele é.”
(Mt 5, 1-12a)
“Alegrai-vos e exultai, porque é grande nos Céus a vossa recompensa.”
Felizes os que tiverem um coração de pobre, felizes os que tiverem um coração humilde e sincero, felizes os que forem capazes de construir sempre a paz. Felizes mesmo quando lutarem pela justiça, perdoando a todos com misericórdia e aceitarem ser perseguidos pelo Seu nome. As bem-aventuranças contêm o código de comportamentos que conduz à santidade.
-4 de Novembro – Domingo XXXI do Tempo Comum
(Deut. 6, 2-6)
“Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças”.
(Heb. 7, 23-28)
O sacerdócio de Cristo.

(Mc. 12, 28b-34)

"Não há qualquer mandamento maior do que estes".
Interrogado sobre a ordem de importância dos mandamentos, Jesus dá uma resposta breve. O primeiro é amar a Deus com todas as forças, o segundo é amar o próximo como a si mesmo; estes dois mandamentos são parecidos; e tudo fica contido neles. Ninguém é capaz de amar a Deus se não amar os irmãos. O amor aos irmãos é a garantia de que não nos iludimos com Deus. Deus ama infinitamente os nossos irmãos e quer que nós façamos o mesmo.
-11 de Novembro -Domingo XXXII do Tempo Comum
(1 Rs 17, 10-16)
"Do seu punhado de farinha, a viúva fez um pãozinho e trouxe-o a Elias."
(Hebr 9, 24-28)
"Cristo ofereceu-Se uma só vez para tomar sobre Si os pecados de muitos."
(Mc 12, 38-44)
"Esta pobre viúva deu mais do que todos os outros."
Quando repartimos o que temos e trabalhamos pela igualdade e pela justiça, a exemplo das primeiras comunidades, estamos a colaborar na construção do Reino, que só estará completo quando todos tiverem o necessário para viverem felizes e realizados.
-18 de Novembro-Domingo XXXIII do Tempo Comum
(Dan 12, 1-3)
"Nesse tempo virá a salvação para o teu povo."
(Hebr 10, 11-14.18)
"Por uma única oblação, tornou perfeitos para sempre os que Ele santifica."
(Mc 13, 24-32)
"Reunirá os seus eleitos dos quatro pontos cardeais."
A razão da esperança está em Cristo Jesus. Na certeza das dificuldades, o Senhor é conforto; no meio das divisões, o Senhor é fonte de comunhão; na realidade da vida, o Senhor não vem para condenar mas para salvar; na perspectiva do fim, o Senhor anuncia a felicidade da casa do Pai.
-25 de Novembro - Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo
(Dan 7, 13-14)
"O Seu poder é eterno."
(Ap 1, 5-8)
"O Príncipe dos reis da terra fez de nós um reino de sacerdotes para Deus."
(Jo 18, 33a-37)
"É como dizes: sou Rei."
Na realidade, Jesus, o enviado do Pai, veio restaurar a ordem destruída pelo pecado, e fazer triunfar o bem sobre o mal, a vida sobre a morte. Ele é o verdadeiro Rei do universo, querido por Deus.
 
        INTENÇÕES DO PAPA
PARA O APOSTOLADO DA ORAÇÃO
Intenção geral
Ministros do Evangelho. Para que os bispos, os sacerdotes e todos os ministros do Evangelho dêem um testemunho corajoso de fidelidade ao Senhor crucificado e ressuscitado.
Intenção missionária
Igreja, luz das nações. Para que a Igreja peregrina sobre a Terra resplandeça como luz das nações.
TOME NOTA
Dia 1, Solenidade de Todos os Santos, missas às 11h e às 18h30.
Dia 2, Comemoração de todos os Fiéis Defuntos,  missas às 9h, às 12h e às 19h. Indulgência Plenária por cada visita à Igreja ou ao cemitério (toties – quoties)
- Reunião do Apostolado de Oração às 17h
- Exposição do Santíssimo Sacramento às 18h.
- Curso de iniciação de Catequistas na Igreja de S. José – Olivais às 21h.
Dia 3, Festa das Sopas
- Curso de iniciação de Catequistas na Igreja de S. José – Olivais todo o dia.
Dia 4, Tarde de reflexão sobre os documentos do Concílio Vaticano II, às 17h “Gaudium et Spes”.
- Curso de Iniciação de Catequistas na Igreja de S. José – Olivais todo o dia.
Dia 5, Encontro de Catequistas na Portela às 21h.
Dia 10, Encontro de Formação em Moscavide, no Ano da Fé, às 21h, reflexão sobre a Constituição Pastoral “Gaudium et Spes” (A Igreja no mundo Contemporâneo).
Dia 11, Dia de S. Martinho.
Dia 17, Encontro de Formação em Moscavide, no Ano da Fé, às 21h, reflexão sobre a Constituição Dogmática “Lumen Gentium” (A Igreja).
Dia 18, Dia dos Seminários Diocesanos.
Dia 19, Encontro de Catequistas, às 21h, na Portela.
Dia 24, Celebração Penitencial, às 14h30, crianças e Jovens.
- Encontro de Formação em Moscavide, no Ano da Fé, às 21h, reflexão sobre a Constituição “Sacrosanctum Concilium” (A Sagrada Liturgia).


Comunidade Paroquial S. Bartolomeu do Beato

ECOS DO BEATO

Folha Informativa – Outubro de 2012 – N.º 20



 

Às Portas do Ano da Fé (2012-2013)

Uma festa vale a sua preparação e, assim, toda a celebração do Ano da Fé está dependente da sua preparação individual e comunitária.

Com este espírito de preparação, a Paróquia do Beato foi estimulada a viver três momentos fortes de fé com três grupos diferentes:

1º grupo, constituído, por adolescentes, jovens e adultos do Agrupamento nº760 do Beato, que participou, de 4 a 10 de Agosto de 2012, no XXII Acampamento Nacional de Escuteiros (ACANAC) atividade de Verão no qual participaram 17.100 escuteiros de todo o país e alguns de outros países. Foi considerado o maior acampamento nacional realizado até agora, sob o lema “ Escuteirar: Educar para a vida”. Os quatro campos do XXII ACANAC situados em Idanha-a-Nova, subdividiam-se em quatro temas: Conhecer + (Lobitos); Descobrir + (Exploradores e Moços); Construir + (Pioneiros e Marinheiros) e Viver + (Caminheiros e Companheiros).

O Escutismo é um movimento de educação da juventude e procura ser fiel aos ensinamentos da Igreja Católica e à dinâmica que o seu fundador Baden Powell criou. O CNE continua a defender os valores da sociedade que se vão perdendo, no dia-a-dia, e que o Escutismo faz gosto em manter, custe o que custar.

Foi iniciado o processo de eleição do chefe do Agrupamento nº760. O chefe Luís Fernando Jesus Cristóvão foi proposto pela maioria dos Dirigentes. As eleições efectuam-se no dia 24-09-2012, às 21h, na sede do Agrupamento.

2º grupo, constituído por adultos que participaram na Peregrinação à Terra Santa que se realizou de 31 de Agosto a 7 de Setembro de 2012. Todos gostaram e fizeram destes dias de Peregrinação o retiro da sua vida de aprofundamento da Fé. O bom relacionamento entre todos os participantes dava a impressão de todos já se conhecerem há muito tempo, embora alguns se tivessem visto pela primeira vez nesta Peregrinação.

O terceiro grupo, em 3 autocarros, constituído por crianças, jovens e adultos participou na Peregrinação paroquial anual a Fátima, no dia 29 de Setembro de 2012, iniciando assim o Novo Ano Pastoral, consagrando-o a Nossa Senhora de Fátima. Agradeceram o ano que passou e as graças nele recebidas. A Peregrinação decorreu conforme o programa inserido no guião que foi entregue a cada peregrino: todos guardaram no coração a afirmação do Santo Padre Bento XVI: “ A porta da Fé está sempre aberta para nós”!

Nos dias 13 e 14 de Outubro, na missa vespertina das 19h00 e nas Missas Dominicais das 11h00 e 18h30 iremos iniciar, na nossa Paróquia de São Bartolomeu do Beato, o Ano Santo da Fé em união com o Santo Padre Bento XVI e toda a Igreja Católica. O Santo Padre Bento XVI marcou o início do Ano Santo da Fé para o dia 11 de Outubro, 50º aniversário da Abertura do Concílio do Vaticano II. Ele convida-nos a prestar atenção àquilo que, na vida cristã, é o essencial: reaprender e ensinar uma relação real e afectiva com Deus que se nos revelou em Jesus de Nazaré.

Vamos confrontar a nossa própria vida cristã com a realidade objectiva da fé, tal como ela nos é ensinada e vivida, desde sempre pela Igreja. Somos o elo duma cadeia de fé que já há muitos séculos é vivida e testemunhada, desde a primeira comunidade apostólica até aos nossos dias. Constitui o nosso património que é de todos os cristãos e a todos enriquece.

Somos membros de mesma Igreja, a Igreja de Cristo, a Igreja dos Apóstolos, a Igreja dos Santos, a Igreja Católica.

A fé é, antes de mais, vida que deve ser partilhada e comunicada. Todos os Domingos nós a rezamos no Credo. O Santo Padre Bento XVI convida-nos a fazer do Credo a nossa oração diária, aderindo com o coração a ele e procurando entendê-lo com mais profundidade, isto é, Fé esclarecida.

O Ano da Fé marca o Novo Ano Pastoral na Paróquia do Beato. Somos convidados a reavivar o zelo apostólico. Bento XVI diz que a “ Fé é uma porta de entrada e que atravessar aquela porta implica embrenhar-se num caminho novo que dura a vida inteira.”

Neste sentido, salienta o Senhor Cardeal Patriarca que “ este é o desafio feito antes de mais, aos cristãos praticantes da Igreja de Lisboa; Ficam-nos estas interrogações: Já entramos decididamente por esta porta ou só espreitamos por ela? Por vezes ainda olhamos para trás, vendo toda a realidade humana sem o olhar da fé? Aceitamos decididamente trilhar esse novo caminho, caminho da vida concebido à luz de Cristo e conduzido por Ele?”

Na Introdução ao Programa e Calendário Diocesano para o Novo Ano Pastoral intitulada: “A Força da Fé,” D. José Policarpo deixa algumas indicações sobre o modo como este novo ano deverá ser vivido na diocese: “Procura pôr toda a Igreja de Lisboa, na vivência pessoal, na sua ação pastoral e nas suas formas de organização, ao ritmo dos desafios lançados pelo Papa Bento XVI a toda a Igreja, ao proclamar um Ano da Fé, a coincidir com as celebrações do 50º Aniversário da Abertura do Concílio Vaticano II, em ritmo da Nova Evangelização.” Neste documento o Senhor Cardeal-Patriarca explica que “não se trata de três temas justapostos, mas de um mesmo desafio”. Aprofundar a fé é o caminho para continuar a acolher o magistério do Concílio, com “o novo ardor,” exigido por uma “evangelização renovada.” Entre essas linhas de programação pastoral apontadas pelo Senhor Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, para este Ano Pastoral 2012-2013 que agora está a iniciar, destaca-se:

“Escutar com fé e amor a Palavra de Deus”; “Celebrar a Eucaristia de modo mais profundo”; “Aprender a rezar” e “Levar a que, na caridade, a fé se torne testemunho”; “Ser enviado”.

Que Nossa Senhora da Fé esteja connosco durante este ano da Fé e nos acompanhe na hora da morte até junto do Senhor Jesus Seu Filho.

O Pároco                                   Pe. Manuel Fernandes

Missão no coração

Outubro é o mês missionário por excelência. No seu penúltimo domingo, celebramos o Dia Mundial das Missões. Este ano acontecerá no contexto do Ano da Fé que estamos a iniciar. O desafio é pôr claramente diante dos nossos olhos o grande convite de Jesus a sermos testemunhas do amor de Deus no coração do mundo. O apelo missionário que nos é lançado pelo Papa Bento XVI é bem claro: «É preciso reavivar o entusiasmo da comunicação da fé, para se promover uma nova evangelização das comunidades e dos países de antiga tradição cristã que estão a perder a referência a Deus, e deste modo voltarem a descobrir a alegria de crer. A preocupação de evangelizar não deve jamais ficar à margem da atividade eclesial e da vida pessoal do cristão, mas há-de caracterizá-la intensamente, cientes de sermos destinatários e ao mesmo tempo missionários do Evangelho.»

 
LITURGIA DA PALAVRA

-7 de Outubro Domingo XXVII do Tempo Comum

(Gen 2, 18-24)

"E os dois serão uma só carne."

(Hebr 2, 9-11)

“Aquele que santifica e os que são santificados procedem todos de um só.”

(Mc 10, 2-16)

“Não separe o homem o que Deus uniu.”

Deus criou o homem e a mulher com muitas diferenças para que possam completar-se e viver em harmonia. Os dois, porém, têm os mesmos direitos e deveres na relação, não existindo superior e inferior. Diante dos problemas e dificuldades, devem procurar juntos a solução, sendo sempre solidários, prestativos e compreensivos.

 

-14 de Outubro – Domingo XXVIII do Tempo Comum

(Sab 7, 7-11)

"Considerei a riqueza como nada, em comparação com a sabedoria."

(Hebr 4, 12-13)

"A palavra de Deus é capaz de discernir os pensamentos e intenções do coração."

(Mc 10, 17-30)

"Vende o que tens e segue-Me"

Seguir Cristo exige radicalidade para deixar tudo e abraçar uma vida nova. Certamente é difícil abandonarmos as coisas que aos poucos conquistámos, aquilo que nos dá segurança e conforto. Mas exactamente aí reside o convite de Cristo.

 

-21 de Outubro - Domingo XXIX do Tempo Comum

(Is 53, 10-11)

"Se oferecer a sua vida como sacrifício de expiação, terá uma descendência duradoira."

(Hebr 4, 14-16)

"Vamos cheios de confiança ao trono da graça."

(Mc 10, 35-45)

"O Filho do homem veio para dar a vida pela redenção de todos."

O cristão é aquele que se põe ao serviço do irmão, que o auxilia em todas as suas necessidades. Na comunidade cristã não deve haver nem excluídos nem opressores, pois todos têm o mesmo valor. A Eucaristia é o maior sinal desta igualdade.

 

-28 de Outubro - Domingo XXX do Tempo Comum

(Jer 31, 7-9)

"Vou trazer de novo o cego e o coxo entre lágrimas e preces."

(Hebr 5, 1-6)

"Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedec."

(Mc 10, 46-52)

"Mestre, que eu veja."

É no sacerdócio de Cristo que se fundamenta toda a confiança do homem. Já não são precisos sacrifícios, é suficiente uma atitude de abandono total nas mãos de Cristo que, junto do Pai, abre os caminhos novos para a vitória sobre todas as dores.

 
 


INTENÇÕES DO PAPA

PARA O APOSTOLADO DA ORAÇÃO

Intenção geral

Nova Evangelização. Para o desenvolvimento e progresso da Nova Evangelização nos países de antiga tradição cristã.

Intenção missionária

Jornada Missionária Mundial. Para que a celebração da Jornada Missionária Mundial seja ocasião de um renovado empenho na evangelização.

 


TOME NOTA

Dia 2, às 19h00, missa por todos os defuntos inscritos por familiares e amigos. O Pároco pede a sua intercessão, neste Novo Ano Pastoral, junto de Deus.

Dia 5 – Reunião do Apostolado de Oração, às 17h00.

- Exposição do Santíssimo Sacramento, às 18h00.

- Missa da 1ª sexta-feira, pelos Associados do Apostolado de Oração, às 19h00.

Dia 11, O Santo Padre Bento XVI abrirá solenemente, em Roma, o Ano da Fé, data que evoca abertura do Concílio Ecuménico Vaticano II.

Dia 13 - Abertura da Catequese e do Agrupamento.

A Conferência Episcopal decidiu a abertura do Ano da Fé e a evocação do início do Concílio Vaticano II a realizar em Fátima, na Peregrinação de 13 de Outubro, à qual preside o Senhor Cardeal Patriarca.

Dias 13 e 14, abertura do Ano da Fé na Paróquia do Beato.

Dia 21, Dia Mundial das Missões.

Dia 25, na Solenidade da Dedicação da Sé Patriarcal de Lisboa, é feita a abertura do Ano da Fé pelo Senhor Cardeal Patriarca para a qual convida todas as Paróquias.

Dia 27, na missa das 15h45, bênção dos livros escolares.

Dia 31, às 19h00, missa vespertina do Dia de Todos os Santos.

Folha elaborada e distribuída sob responsabilidade do
Pároco, Pe. Manuel Vitorino da Silva Moreira Fernandes
Rua do Grilo, n.º 116C   1950-146 Lisboa
Tel: 21 868 17 35     Fax: 21 868 08 07



Comunidade Paroquial S. Bartolomeu do Beato

ECOS DO BEATO

Folha Informativa – Agosto/Setembro de 2012 – N.º 19





DIA 15 DE AGOSTO CELEBRA-SE
A ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

O DOGMA DA ASSUNÇÃO
O dogma da Assunção refere-se a que a Mãe de Deus, no fim de sua vida terrena, foi elevada em corpo e alma à glória celestial. Este dogma foi proclamado ex cathedra pelo Papa Pio XII, no dia 1º de novembro de 1950, por meio da Constituição Munificentissimus Deus:
"Depois de elevar a Deus muitas e reiteradas preces e de invocar a luz do Espírito da Verdade, para glória de Deus omnipotente, que outorgou à Virgem Maria sua peculiar benevolência; para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e vencedor do pecado e da morte; para aumentar a glória da mesma augusta Mãe e para gozo e alegria de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, terminado o curso da sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória do céu".
ÉS FELIZ, MARIA
No dia 15 de Agosto celebramos a solenidade da Coroação de Maria como Rainha do Céu e da Terra. Nos Evangelhos, Maria aparece bem perto de nós. Maria é a discípula exaltada na glória de Deus, mas também a mulher alegre e confiante, simples e humilde: percorreu os nossos caminhos da fé, por vezes obscuros e cansativos; não entendeu tudo, mas foi suficientemente ousada para pedir explicações ao anjo Gabriel: «Como pode ser isso se eu não conheço homem?».
Estamos diante de uma Senhora que viveu os acontecimentos ordinários da nossa vida, mesmo se, por vezes, dramáticos e obscuros. Maria não é, porém, um ser sobre-humano, mas uma irmã que vive as alegrias, as dores, as angústias e as esperanças de todos os irmãos da comunidade.
MARIA SINAL DE ESPERANÇA
Em Maria, a discípula atenta, alegre e disponível, encontramos uma inspiração mais próxima para aprendermos a ser discípulos e missionários de Jesus. Com alegria, vemos que ela tem feito parte do caminhar de cada um dos povos, entrando profundamente no tecido da sua história e acolhendo as ações mais nobres e significativas da sua gente.
Das palavras do anjo Gabriel nós sabemos que Maria achou graça diante de Deus e que foi escolhida para ser a mãe do filho de Deus. Da própria boca de Jesus nós sabemos que Maria é bem-aventurada porque escutou, acreditou e tentou viver sempre uma vida iluminada e guiada pela Palavra de Deus: «Bem-aventurados antes aqueles que escutam a Palavra de Deus e a põem em prática.»
Depois da Ascensão, Maria está com os apóstolos no cenáculo, na descida do Espírito Santo, o Pentecostes. Quando a Igreja procura dar os primeiros passos, encontramos Maria inserida na comunidade. Ela guia, fortalece e encoraja os discípulos do seu filho.
MARIA ONTEM E HOJE
Depois de ser elevada ao Céu, Maria não abandonou a sua participação na missão salvadora, mas, com a sua multiforme intercessão, continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna.
Os diversos testemunhos de tantos homens e mulheres de Deus mostram a presença próxima de Maria junto das pessoas e, ao mesmo tempo, manifestam a fé e a confiança que os devotos sentem por ela. Ela pertence-lhes e eles sentem-na como mãe e irmã.
Maria é a grande missionária, continuadora da missão do seu Filho e formadora de missionários. Ela, da mesma forma como deu à luz o Salvador do mundo, trouxe o Evangelho ao nosso mundo.
Maria foi missionária desde que aceitou gerar o filho de Deus, pois, mesmo sem entender a extensão de sua missão, ela deixou-se conduzir pela vontade de Deus e deu o seu «sim» simples e definitivo.
Assim sendo, «Maria é a grande missionária, continuadora da missão do seu Filho e formadora de missionários» (Documento de Aparecida). Hoje, mais do que nunca, a Igreja é convidada a dirigir o seu olhar para a vida de Maria. Ela reúne os filhos dispersos (Jo 11,52).
Com Maria, até Jesus! 
15 DE SETEMBRO
NOSSA SENHORA DAS DORES
 
Nossa Senhora das Dores (também chamada Nossa Senhora da Piedade, Nossa Senhora da Soledade, Nossa Senhora das Angústias, Nossa Senhora das Lágrimas, Nossa Senhora das Sete Dores, Nossa Senhora do Calvário ou ainda Nossa Senhora do Pranto, e invocada em latim como Beata Maria Virgo Perdolens, ou Mater Dolorosa), sendo sob essa designação particularmente cultuada em Portugal.
Sete dores
A profecia de Simeão sobre Jesus (Lucas, 2, 34-35);
O desaparecimento do Menino Jesus durante três dias (Lucas, 2, 41-51);
Maria observando o sofrimento e morte de Jesus na Cruz - Stabat Mater (João, 19, 25-27);
   
LITURGIA DA PALAVRA


-5 de Agosto Domingo XVIII do Tempo Comum
(Ex 16, 2-4.12-15)
"Eu farei que chova para vós pão do céu"
(Ef 4, 17.20-24)
“Revesti-vos do homem novo, criado à imagem de Deus”
(Jo 6, 24-35)
“Quem vem a Mim nunca mais terá fome, quem acredita em Mim nunca mais terá sede”
-12 de Agosto – Domingo XIX do Tempo Comum
(1 Rs 19, 4-8)
"Fortalecido com aquele alimento, caminhou até ao monte de Deus"
(Ef 4, 30; 5, 2)
"Caminhai na caridade, a exemplo de Cristo"
(Jo 6, 41-51)
"Eu sou o pão vivo que desceu do Céu"

-15 de Agosto – Assunção da Virgem Santa Maria
(Ap 11, 19a; 12, 1-6a.10ab)
"Uma mulher revestida de sol e com a lua debaixo dos  pés"
(1 Cor 15, 20-27)
"Primeiro, Cristo, como primícias; depois os que pertencem a Cristo"
(Lc 1, 39-56)
"O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas: exaltou os humildes"

-19 de Agosto - Domingo XX do Tempo Comum
(Prov 9, 1-6)
"Vinde comer do Meu pão e beber do vinho que vos preparei"
(Ef 5, 15-20)
"Procurai compreender qual é a vontade de Deus"
(Jo 6, 51-58)
"A Minha carne é verdadeira comida e o Meu sangue é verdadeira bebida"

-26 de Agosto - Domingo XXI do Tempo Comum
(Jos 24, 1-2a.15-17.18b)
"Queremos servir o Senhor, porque Ele é o nosso Deus"
(Ef 5, 21-32)
"É grande este mistério, em relação a Cristo e à Igreja"
(Jo 6, 60-69)
"Para quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna"

-2 de Setembro - Domingo XXII do Tempo Comum
(Deut 4, 1-2.6-8)
"Não acrescentareis nada ao que vos ordeno, mas guardareis os mandamentos do Senhor"
(Tg 1, 17-18.21b-22.27)
"Sede cumpridores da Palavra"
(Mc 7, 1-8.14-15.21-23)
"Deixais o mandamento de Deus para vos prenderdes à tradição dos homens"

-9 de Setembro - Domingo XXIII do Tempo Comum
(Is 35, 4-7a)
"Então se desimpedirão os ouvidos dos surdos e a língua do mudo cantará de alegria"
(Tg 2, 1-5)
"Não escolheu Deus os pobres para serem herdeiros do reino?"
(Mc 7, 31-37)
"Faz que os surdos oiçam e que os mudos falem"

-16 de Setembro - Domingo XXIV do Tempo Comum
(Is 50, 5-9a)
"Apresentei as costas àqueles que me batiam"
(Tg 2, 14-18)
"A fé sem obras está morta
(Mc 8, 27-35)
"Tu és o Messias …O Filho do homem tem de sofrer muito"

-23 de Setembro - Domingo XXV do Tempo Comum
(Sab 2, 12.17-20)
"Condenemo-lo à morte infame"
(Tg 3, 16- 4, 3)
"O fruto da justiça semeia-se na paz, para aqueles que praticam a paz"
(Mc 9, 30-37)
"O Filho do homem vai ser entregue … Quem quiser ser o primeiro será servo de todos"

-30 de Setembro - Domingo XXVI do Tempo Comum
(Num 11, 25-29)
"Estás com ciúmes por causa de mim? Quem dera que todo o povo fosse profeta!"
(Tg 5, 1-6)
"As vossas riquezas estão apodrecidas"
(Mc 9, 38-43.45.47-48)
"Quem não é contra nós é por nós. Se a tua mão é para ti ocasião de escândalo, corta-a"

INTENÇÕES DO PAPA
PARA O APOSTOLADO DA ORAÇÃO
Intenção geral
AGO: Respeito pelos presos. Para que os presos sejam tratados com justiça e seja respeitada a sua dignidade.
SET: Os políticos. Para que os políticos actuem sempre com honestidade, integridade e amor à verdade.
Intenção missionária
AGO: Jovens, testemunhas de Cristo. Para que os jovens, chamados ao seguimento de Cristo, se disponham a proclamar e testemunhar o Evangelho até aos confins da Terra.
SET: Auxílio às Igrejas pobres. Para que as comunidades cristãs estejam sempre mais disponíveis para enviar missionários, sacerdotes e leigos, e recursos materiais em favor das Igrejas mais pobres.
TOME NOTA

Celebração da Palavra – de 3ª a 6ª às 19h: mês de Agosto.
  3/8 – Exposição do Santíssimo Sacramento às 18h.
14/8 – Missa Vespertina às 19h, da solenidade de Nossa Senhora da Assunção.
15/8 – Dia da Assunção da Virgem Santa Maria, missa da solenidade às 11h.
24/8 – Dia de São Bartolomeu do Beato, Exposição do Santíssimo Sacramento às 18h e missa solenizada às 19h.
31 de Agosto a 7 de Setembro – Peregrinação à Terra Santa.
Celebração da Palavra – de 3ª a 6ª às 19h, na primeira semana de Setembro.
  7/9 – Exposição do SS. Sacramento às 18h (1.ª Sexta-feira).
14/9 – Exaltação da Santa Cruz – Missa Solenizada às 19h.
15/9 – Dia de Nossa Senhora das Dores.
21/9 – Dia de São Mateus, Apóstolo e Evangelista.
29/9 – Peregrinação Paroquial a Fátima, com partida dos autocarros às 8h, no Adro da Igreja.


Folha elaborada e distribuída sob responsabilidade do

Pároco, Pe. Manuel Vitorino da Silva Moreira Fernandes

Rua do Grilo, n.º 116C   1950-146 Lisboa

Tel: 21 868 17 35     Fax: 21 868 08 07





Comunidade Paroquial S. Bartolomeu do Beato
ECOS DO BEATO
Folha Informativa – Julho de 2012 – N.º 18

A FAMÍLIA NO CONCÍLIO VATICANO II
A Família na Constituição “Gaudium et Spes”
 sobre a Igreja no mundo actual 







Na sequência da preparação para o Ano da Fé, a nossa folha informativa, Ecos do Beato, vai dando reflexões que ajudam os leitores a aprofundar a sua fé.
O Concílio Vaticano II foi anunciado em 25-01-1959 por João XXIII e por ele convocado através da Constituição Apostólica Humanae Salutis de 25-12-1961. Decorreu em quatro sessões nos Outonos de 1962 a 1965, as três últimas presididas por Paulo VI. Destinado a promover o aggiornamento da Igreja (estar em dia), termo italiano que João XXIII popularizou, como expressão do desejo de que a Igreja saísse actualizada do Concílio Vaticano II. Entre os documentos que produziu destaco, neste trabalho, a Constituição Pastoral Gaudium et Spes (Alegria e Esperança) sobre o papel da Igreja no mundo actual.
Bento XVI no VII encontro Mundial das Famílias, em Milão, dia 1/06/2012, fez eco do que o Concílio Vaticano II pôs em destaque sobre a família: “sem família, não há solução para a crise;” “Necessitamos de famílias normais;”    “A família, património principal da humanidade”.
A Constituição conciliar Gaudium et Spes é um documento inovador na história dos concílios ecuménicos. Dirige-se a todos os homens, não apenas aos católicos, para dizer o que a Igreja pensa sobre a sua presença e atividade no mundo atual. Tem a finalidade prática de iluminar com a luz da doutrina cristã os problemas actuais mais prementes. Mais que exposição intemporal da doutrina cristã, visa a aplicação desta às circunstâncias mutáveis da vida dos homens contemporâneos, sejam ou não crentes católicos. Está orientada para o diálogo, esbatendo as divergências, procurando terrenos comuns de debate, utilizando linguagem acessível aos menos familiarizados com os conceitos e argumentação teológica tradicional. Pretende fazer chegar a voz da Igreja às questões debatidas na opinião pública das nossas sociedades democráticas. Situa-se muito longe da seca condenação de erros contemporâneos doutros concílios.
A Gaudium et Spes é um documento conciliar “experimental”, cuidadosamente trabalhado com forte participação de leigos. Recebeu por isso a classificação inovadora de “Constituição Pastoral”. Foi aprovada em vésperas do encerramento do Concílio, a 6 e promulgada por Paulo VI, a 7 de Dezembro de 1965.
Na Introdução, solidariza a Igreja com a humanidade e esboça um sumário das aspirações e interrogações fundamentais do homem e das mudanças sociais, psicológicas, morais e religiosas ocorridas no mundo moderno. Vê nelas “sinais dos tempos” que quer ler e interpretar à luz do Evangelho.
O corpo do documento comporta duas partes. A primeira,   “A Igreja e a vocação do homem”, é predominantemente teórica e discorre sobre quatro temas distribuídos noutros tantos capítulos:”A dignidade da pessoa humana”; “A comunidade humana”; “A atividade humana no mundo”; “A função da Igreja no mundo actual”. A segunda tem carácter mais prático e foca “algumas necessidades mais urgentes do nosso tempo”; “o matrimónio e a família, a cultura humana, a vida económico-social e política, a comunidade internacional e a paz.” Consagra a cada um destes temas um capítulo específico.
Limitamos aqui a nossa atenção ao capítulo I da segunda parte: “A promoção da dignidade do Matrimónio e da Família”.
Gaudium et Spes Alegria e Esperança – palavras iniciais – marcam o tom positivo do documento que começa por evidenciar os fatores que, na sociedade contemporânea, demonstram apreço pela comunidade familiar, favorecem o respeito pela vida e suas condições, o estreitamento dos laços afetivos dos seus membros, a promoção da educação. Não ignora, porém, as ameaças que afetam a vida familiar e a fragilizam (47). Algumas ligadas a certas culturas como a poligamia; outras resultantes das mutações sociais e individualismo modernos: o hedonismo, o sexo sem responsabilidade, o amor livre, as uniões de facto, o divórcio, a separação da procriação da atividade sexual, o recurso a técnicas de reprodução e práticas abortivas, as políticas económicas e sanitárias de controlo demográfico e de doenças sexualmente transmissíveis, como a sida.
Muitos destes fatores começavam então a corroer a instituição familiar. Não se previa a rapidez da sua difusão e as consequências sociais e culturais que iam operar em sociedades de tradição católica como a portuguesa: o enfraquecimento e precarização dos laços familiares, a proliferação das uniões de facto e do divórcio, a redução dos nascimentos que ameaça a renovação das gerações.
O Concílio responde a estes problemas de forma construtiva e preventiva, propondo a doutrina da Igreja, à luz da fé e da razão, sobre a natureza e valores do matrimónio e da família, apelando à renovação da instituição familiar e actuação concertada das famílias e organizações cívicas na promoção de políticas favoráveis à vida familiar e ao reconhecimento da sua função social.
À luz da doutrina da Igreja, o matrimónio é uma instituição natural elevada por Cristo à dignidade de sacramento. Confere aos cônjuges os dons espirituais necessários para realizarem a sua missão e atingirem a sua santidade própria. Como instituição natural, a comunidade conjugal “fundada pelo Criador”, é “dotada de leis próprias” e instituída por “irrevogável consentimento pessoal”. O vínculo matrimonial não depende do “arbítrio da vontade humana”. É exigido pelo “bem tanto dos esposos e da prole como da sociedade”. A unidade, indissolubilidade e fecundidade resultam da própria natureza do matrimónio, dependem da vontade do Criador e não da decisão dos cônjuges, nem das leis humanas.
O sacramento do matrimónio é sinal visível e participação dos esposos no amor de Cristo pela Sua Igreja. “ É assumido no amor divino, dirigido e enriquecido pela força redentora de Cristo e pela ação salvadora da Igreja, para que os esposos caminhem eficazmente para Deus e sejam ajudados e fortalecidos na sua missão sublime de pai e mãe”.
O natural e o sobrenatural, o humano e o divino, o corpo e o espírito conjugam-se harmoniosamente na unidade da pessoa de cada um dos cônjuges, na liberdade e complementaridade da sua relação interpessoal, na expressão do seu amor e na realização dos fins do matrimónio. O amor humano supera a necessidade do instinto, a “mera inclinação erótica”. Manifesta, na liberdade e irrevogabilidade do seu compromisso, a igualdade do homem e da mulher, exclui o adultério e o divórcio. Exprime-se na relação “de pessoa a pessoa com um afecto voluntário” e confere “especial dignidade às manifestações do corpo e do espírito”. Os actos pelos quais os esposos se unem em intimidade são “honestos e dignos”; realizados de modo autenticamente humano, exprimem e alimentam a mútua entrega pela qual se enriquecem um ao outro na alegria e gratidão.” (49).
A geração e educação dos filhos é fim natural primário do matrimónio. Os esposos devem cumpri-lo “com responsabilidade humana e cristã”. O recurso ao aborto é excluído porque é atentado contra a vida. Na altura do Concílio, antevia-se a evolução das técnicas da medicina reprodutiva e do controle da fecundidade e da natalidade. A “Gaudium et Spes” propõe apenas princípios gerais que posteriormente foram concretizados na encíclica “Humanae vitae” e reafirmados e atualizados pelo magistério da Igreja.
Princípio fundamental: Os responsáveis pela regulação da sua fecundidade são os esposos. De comum acordo decidem em consciência, perante Deus, o número e a oportunidade da geração dos seus filhos. Para isso deverão formar rectamente a sua consciência, à luz da lei de Cristo interpretada pelo magistério da Igreja, “tendo em conta o seu bem próprio e o dos filhos já nascidos ou que prevêem venham a nascer, sabendo ver as condições de tempo e da própria situação e tendo, finalmente, em consideração, o bem da comunidade familiar, da sociedade temporal e da própria Igreja”. Esta decisão não depende apenas da apreciação subjetiva, por mais sincera que seja; deve “determinar-se por critérios objetivos, tomados da natureza da pessoa e dos seus actos; critérios que respeitem, num contexto de autêntico amor, o sentido da mútua doação e da procriação humana” acolhendo a palavra de Jesus: “ Se alguém quiser seguir-me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz…” O sacrifício e a renúncia não são fins em si mesmos, mas fazem parte da fidelidade cristã em qualquer estado de vida (50,51).
A Constituição Gaudium et Spes vinca, na conclusão do capítulo dedicado à família, o princípio que a teoria social verifica e a generalidade das legislações dos Estados consigna: A família é o fundamento da sociedade. Por isso a legislação deve “reconhecer, proteger e favorecer a sua verdadeira natureza, assegurar a moralidade pública e fomentar a prosperidade doméstica”. “Todos os que têm alguma influência nas comunidades e grupos sociais, devem contribuir eficazmente para a promoção do matrimónio e da família” (52).
Respeitar a natureza da família, defender e promover os seus direitos, proporcionar-lhe condições para que cumpra a sua função é exigência básica de qualquer sociedade justa. É condição da sua sobrevivência. Não apenas reivindicação religiosa confessional.  

Pe. Manuel Fernandes

                                                                    
LITURGIA DA PALAVRA


-1  de Julho XIII Domingo do Tempo Comum
(Sab 1, 13-15; 2, 23-24)
"Foi pela inveja do Diabo que a morte entrou no mundo"
(2Cor 8, 7.9.13-15)
"Aliviai com a vossa abundância a indigência dos irmãos pobres"
(Mc 5, 21-43)
"Menina, Eu te ordeno: levanta-te"

-8 de Julho – XIV Domingo do Tempo Comum
(Ez 2, 2-5)
"São uma casa de rebeldes, mas saberão que há um profeta no meio deles"
(2Cor 12, 7-10)
“Gloriar-me-ei nas minhas fraquezas, para que habite em mim o poder de Cristo”
(Mc 6, 1-6)
“Um profeta só é desprezado na sua terra”

-15 de Julho – XV Domingo do Tempo Comum
(Am 7, 12-15)
"Vai, profeta, ao meu povo"
(Ef 1, 3-14)
"Ele nos escolheu, em Cristo, antes da criação do mundo"
(Mc 6, 7-13)
"Começou a enviá-los"

-22 de Julho – XVI Domingo do Tempo Comum
(Jer 23, 1-6)
"Reunirei o resto das minhas ovelhas e dar-lhes-ei pastores"
(Ef 2, 13-18)
"Ele é a nossa paz, que fez de uns e outros um só povo"
(Mc 6, 30-34)
"Eram como ovelhas sem pastor"

-29 de Julho – XVII Domingo do Tempo Comum
(2Rs 4, 42-44)
"Comerão e ainda há-de sobrar"
(Ef 4, 1-6)
"Um só Corpo, um só Senhor, uma só fé, um só Baptismo"
(Jo 6, 1-15)
"Distribuiu-os e comeram quanto quiseram"

INTENÇÕES DO PAPA
PARA O APOSTOLADO DA ORAÇÃO


Geral: Segurança no trabalho. Para que todos tenham trabalho e o possam realizar em condições de estabilidade e segurança.
Missionária: Voluntários cristãos. Para que todos os voluntários cristãos, presentes nos territórios de missão, saibam dar testemunho da caridade de Cristo.

TOME NOTA


Dia 2 de Julho – Passeio dos Padres da Cidade de Lisboa, no qual participam o Senhor D. Joaquim Mendes e o Pároco:
- Visita à Casa Museu de José Régio;
- Visita a Portalegre, a começar com Missa;
- Almoço;
- Visita a Marvão e Castelo de Vide, onde são rezadas as vésperas.
Dia 7 de Julho – Reunião do Conselho Pastoral Paroquial, às 15h00.
Dia 28 de Julho – Noite de Fados no Adro da Igreja Paroquial, às 22h00.

Folha elaborada e distribuída sob responsabilidade do
Pároco, Pe. Manuel Vitorino da Silva Moreira Fernandes
Rua do Grilo, n.º 116C   1950-146 Lisboa
Tel: 21 868 17 35     Fax: 21 868 08 07










Comunidade Paroquial S. Bartolomeu do Beato

ECOS DO BEATO

Folha Informativa – Junho de 2012 – N.º 17


 
ANO DA FÉ E NOVA EVANGELIZAÇÃO
1. PORTA DA FÉ
Com a Carta apostólica Porta fidei de 11 de Outubro de 2011, o Santo Padre Bento XVI convocou o Ano da Fé. Ele começará no dia 11 de Outubro 2012, por ocasião do quinquagésimo aniversário da abertura do Concílio Ecuménico Vaticano II, e terminará a 24 de Novembro de 2013, Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo.
Este ano será uma ocasião propícia, a fim de que todos os fiéis compreendam mais profundamente que o fundamento da fé cristã é “o encontro com um acontecimento, como a Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo”. (…)
O início do Ano da Fé coincide com a grata recordação de dois grandes eventos que marcaram a face da igreja nos nossos dias: o quinquagésimo aniversário da abertura do Concílio Vaticano II, desejado pelo Beato João XXIII (11 de Outubro de 1962), e o vigésimo aniversário da promulgação do Catecismo da Igreja Católica, oferecido à Igreja pelo Beato João Paulo II (11 de Outubro de 1992).
Somos convidados pelo Papa Bento XVI a cuidar da nossa fé, que é encontro com o Pai através de Jesus, pela acção do Espírito Santo, mas fé vivida em Igreja e na Igreja, fé que tem de se tornar mais viva, mais adulta, mais amadurecida, mais convicta e convincente.
Ter fé, viver da fé, crescer na fé não é só acreditar numas verdades e aceitar uns dogmas. A fé é adesão pessoal ao Amor que é Deus; ter fé é acreditar que Deus é Pai, origem de todo o dom e de toda a graça. A fé é uma relação viva com alguém.
A fé vive-se em comunhão com outros. Em família, em comunidade paroquial ou religiosa, nos movimentos pastorais da Igreja, na certeza de que Jesus está presente no meio dos que rezam e vivem unidos em Seu nome.
Cada um de nós deverá rezar como este pai aflito por causa do filho possesso do demónio, do Evangelho de S. Marcos, que não lhe permitia falar: “Senhor, eu creio, ajuda a minha pouca fé” (Mc 9,24). Dá-me uma fé mais adulta, mais robusta, mais iluminada, mais audaciosa, mais fácil e mais firme. Uma fé da qual Maria é o exemplo e modelo.
A Senhora do Sim, acreditou e entregou-se totalmente ao projecto de Deus! “Faça-se em Mim segundo a tua palavra”! “Eis a Serva do Senhor”! respondeu Maria ao Mensageiro Celeste, o Arcanjo S. Gabriel.
Senhora que eu saiba sempre dizer sim a Deus!

2. O CONCÍLIO VATICANO II
UM NOVO PENTECOSTES PARA A IGREJA
É BOM RECORDAR COMO TUDO ACONTECEU

No dia 12 de Setembro de 1960, solicitando a todos os seminaristas do mundo orações pelo Concílio, o Papa João XXIII definiu-o como um “Novo Pentecostes”; utilizou esta imagem na oração pelo Concílio e, no final do primeiro período conciliar (08-12-1962), afirmou: “será verdadeiramente o Novo Pentecostes que fará a Igreja desabrochar em sua riqueza interior […] representando um novo salto para a frente no Reino de Cristo no mundo”.
Com esta afirmação o Papa tinha a convicção da grandeza do evento que estava conduzindo. A Igreja recebia novo sopro do Espírito Santo que mudaria completamente os rumos de sua história. Ela se redescobre como comunhão, mistério e Povo de Deus. Acontece verdadeiro “aggiornamento”, ou seja, a Igreja apresenta-se com novo rosto diante do mundo, marcado pela misericórdia e pelo diálogo.
A oração que o Papa João XXIII compôs por ocasião da convocação do Concílio Vaticano II dizia, entre outras coisas: “Digne-se o divino Espírito Santo escutar da forma mais consoladora a oração que sobe a Ele desde as profundezas da terra… Renovai no nosso tempo os prodígios como num Novo Pentecostes…”
Como surgiu em João XXIII o desejo de convocar um concílio universal e de pedir um Novo Pentecostes para a Igreja? Porque não imaginar uma Igreja inundada de dons e carismas? Que esperava para a Igreja?
Parece que a ideia de um Concílio surgiu na mente do Papa com uma naturalidade surpreendente. Numa manhã de Inverno, a 20 de Janeiro de 1959, João XXIII estava sentado na sua sala de trabalho, na biblioteca pontifícia. Diante dele estava o Cardeal Tardini, Secretário de Estado, que recebia todas as manhãs. Naquele dia examinaram a situação crítica da Igreja nalguns países. Que deveria fazer a Igreja? O Cardeal Tardini escutava, com respeito. O Papa fazia a si mesmo um monte de perguntas. De repente sussurrou-lhe uma palavra: “Um Concílio!” O Cardeal Tardini ficou imediatamente conquistado pela ideia. O assentimento do Cardeal foi “ como um primeiro sinal seguro da vontade do Senhor”. “Flor de inesperada Primavera”, assim definiu João XXIII a ideia de convocar um Concílio. E, no dia 25 de Janeiro de 1959, foi solenemente anunciado o Concílio Vaticano II, o vigésimo primeiro Concílio na história da Igreja. O Vaticano II foi inaugurado a 11 de Outubro de 1962. Nele se reuniram 2500 Bispos do mundo inteiro. A cerimónia foi impressionante. O Papa fez a Profissão de Fé, enquanto os 2500 Bispos acompanhavam, em voz baixa, aquelas palavras: “ Juro e prometo”. Cantaram-se as ladainhas dos Santos e o Evangelho, em latim e grego. João XXIII falou durante 35 minutos em latim. Foi um discurso “valente e explosivo” foi como um bom presságio em relação ao que estava para vir.
Quantos frutos hoje colhemos deste sopro do Espírito Santo: Liturgia mais participativa; maior valorização de todo o Povo de Deus; diálogo entre as religiões; valor da Colegialidade dos Bispos e tantos outros. A Igreja lançou-se na nova aventura de não se considerar o centro do mundo, mas de ser sinal e germe do Reino de Deus, assumindo as dores, angústias e alegrias de todos os homens e mulheres. Graças ao Concílio Vaticano II, podemos dizer: a Igreja somos nós, todo o Povo de Deus e não apenas a hierarquia ou algum grupo limitado. Todos somos corresponsáveis pela missão evangelizadora, construtores do Reino de Deus.
Louvemos o Senhor por esta dádiva de Deus que estamos redescobrindo: O Concílio Vaticano II. Depois de 50 anos do seu início ainda temos muitos frutos a colher.
João XXIII morreu a 3 de Junho de 1963. 18 dias depois, a 21 de Junho de 1963, era eleito sumo Pontífice o Cardeal João Baptista Montini, que tomou o nome de Paulo VI. E, no dia seguinte à sua eleição, apressou-se a anunciar que “a parte principal” do seu pontificado seria ocupada com a continuação do Concílio.
O Concílio terminou no dia 7 de Dezembro de 1965, depois de 4 sessões (1962, 1963,1964, 1965). Mas o Espírito Santo não encerrou a Sua obra quando se concluíram as sessões conciliares, permaneceu activo na vida da Igreja.
O Vaticano II foi um tempo de graça. O Espírito Santo voltou a ocupar o primeiro lugar na vida da Igreja. Nos textos conciliares fala-se do Espírito Santo 258 vezes. Foi como um Pentecostes para os Bispos e, a partir deles, para a Igreja inteira. A Igreja foi abraçada pelo Espírito Santo e ela abraçou o mundo inteiro e entrou em diálogo amistoso com ele, sem reprovações nem condenações, com uma palavra salvadora nos seus lábios.
Que imaginávamos que poderia acontecer quando João XXIII convocou o Concílio Vaticano II e pediu ao Senhor um Novo Pentecostes para a Igreja? Sabemos o que sucedeu no primeiro Pentecostes da Igreja: fogo, línguas, louvor, medos vencidos, vidas transformadas… Foi isso que pedimos nos meses anteriores ao Concílio: “Renovai tudo isto em nossos dias; Renovai o fogo e o poder, as línguas e o louvor, a alegria e o testemunho, os dons e os carismas, as graças do princípio”. O que esperávamos? Um Espírito Santo que deixasse as coisas tal como estavam e não Se metesse nas nossas vidas? “Talvez estivéssemos preparados para receber um Espírito Santo que fosse uma brisa suave mas não um vendaval; um Espírito Santo que trouxesse calor mas não que fosse um fogo abrasador” (S. Falvo)”.
O Pároco,  Pe. Manuel Fernandes
LITURGIA DA PALAVRA
-3 de Junho – Santíssima Trindade
(Deut 4, 32-34.39-40)
"O Senhor é Deus, no alto dos céus e cá em baixo na terra, e não há outro"
(Rom 8, 14-17)
“Recebestes o Espírito de adopção filial, pelo qual exclamamos: “Abá, Pai”
(Mt 28, 16-20)
“Baptizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”

Deus é o Pai que nos deu a vida e o reino como herança. É o Filho que se tornou homem, nosso irmão, para revelar plenamente o amor do Pai. Deus é Espírito que nos guia e inspira na vivência do Evangelho.

-7 de Junho – Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo
(Ex 24, 3-8)
"Este é o sangue da aliança que Deus firmou convosco"
(Hebr 9, 11-15)
"O sangue de Cristo purificará a nossa consciência"
(Mc 14, 12-16.22-26)
"Isto é o meu Corpo. Este é o meu Sangue"

Comungar do corpo e sangue de Cristo significa participar na vida plena e assumir um compromisso de serviço e doação a exemplo do Filho de Deus.

-10 de Junho – X Domingo do Tempo Comum
(Gen 3, 9-15)
"Onde estás?"
(2Cor 4, 13-5, 1)
"Acreditei; por isso falei"
(Mc 3, 20-35)
"Quem fizer a vontade de Deus esse é meu irmão, minha irmã e minha Mãe"
Os evangelhos apresentam-nos a vida pública de Jesus como uma luta contra Satanás. Ele liberta as pessoas possuídas pelo Demónio.

-17 de Junho – XI Domingo do Tempo Comum
(Ez 17, 22-24)
"Elevo a árvore modesta"
(2 Cor 5, 6-10)
"Empenhamo-nos em agradar ao Senhor, quer continuemos a habitar neste corpo, quer tenhamos de sair dele"
(Mc 4, 26-34)
"A menor de todas as sementes torna-se a maior de todas as plantas da horta"

Jesus falava em parábolas para que as pessoas pudessem compreender melhor e sentir no íntimo o que ensinava. Queria que elas vivessem o seu ensinamento e não apenas o intelectualizassem.

-24 de Junho – Nascimento de São João Baptista
(Gr 1, 4-10)
"Eu estou contigo, para te salvar"
(1Pd 1, 8-12)
"Vós amais Cristo Jesus sem O terdes visto, acreditais n’Ele sem O verdes ainda"
(Lc 1, 5-17)
"Isabel, tua esposa, dar-te-á um filho, ao qual porás o nome de João"

Terá como missão anunciar o grande Profeta, Jesus, Filho de Deus e Redentor da Humanidade.

INTENÇÕES DO PAPA
PARA O APOSTOLADO DA ORAÇÃO
Geral: Cristo presente na Eucaristia. Para que os fiéis saibam reconhecer na Eucaristia a presença viva do Ressuscitado, que os acompanha na sua vida quotidiana.
Missionária: Cristãos na Europa. Para que os cristãos da Europa redescubram a própria identidade e participem com maior entusiasmo no anúncio do Evangelho.
 

TOME NOTA
-1 de Junho Dia Mundial da Criança
                                17h – Reunião do Apostolado de Oração
                                18h – Exposição do Santíssimo Sacramento
-9 de Junho – Fim do Ano Escutista
-13 de Junho – Dia de Santo António de Lisboa
-15 de Junho – Dia do Sagrado Coração de Jesus
                                18h- Exposição do Santíssimo Sacramento
-16 de Junho – Fim do Ano Catequético
                                - Passeio da Catequese, visita ao Jardim Zoológico
-26 de Junho Reunião da Vigararia II no Beato, às 10h30
-27 de Junho - Aniversário natalício  do Sr. Prior Pe. Manuel Fernandes
-29 de Junho Dia de São Pedro
-30 de Junho Reunião do Conselho Pastoral Paroquial, às 15h00.

Folha elaborada e distribuída sob responsabilidade do
Pároco, Pe. Manuel Vitorino da Silva Moreira Fernandes
Rua do Grilo, n.º 116C   1950-146 Lisboa
Tel: 21 868 17 35     Fax: 21 868 08 07
 




 
Comunidade Paroquial S. Bartolomeu do Beato
ECOS DO BEATO
Folha Informativa – Maio de 2012 – N.º 16


 
O DIA DA MÃE

   Todos os anos a mãe é recordada num dia que lhe é especialmente dedicado. Por decisão da conferência Episcopal Portuguesa, o Dia da Mãe deixou de ser celebrado a 8 de Dezembro, dia da Imaculada Conceição, para ser celebrado no 1º Domingo de Maio. É o mês da Mãe de Jesus, daquela que é o modelo de todas as mães. É bom que seja neste mês o Dia da Mãe, o dia de todas as mães dignas deste nome.

   Recorde cada qual a sua mãe, neste dia. Com carinho, se ela ainda vive. Com saudade, se já partiu para junto do Senhor, não a perdemos mas mandamo-la para o céu à nossa frente. Mas sempre é recordada com muito amor e muita gratidão.

   Ocasião também para se cantar em louvor das mulheres que aceitam o desafio de ser mãe, lamentando que tantas outras, actualmente, evitem esta nobre missão.

   “Que nenhuma mãe fique esquecida neste Dia”. A companhia ou visita pessoal é a prenda mais apreciada. No caso de impossibilidade, que não falte ao menos uma mensagem enviada, a tempo pelo correio, telégrafo ou outro meio de comunicação. Uma pequena prenda, que valha mais pelo significado do que pelo preço, deverá ser sinal exterior dos sentimentos mais profundos de amor e de respeito pela nossa mãe.

    Não se deixe, porém, comercializar o Dia da Mãe. A homenagem às mães compete, naturalmente, aos próprios filhos. Mas, na sua falta, que haja sempre alguém que, por amizade, diga às mães solitárias que não estão esquecidas, que estão ao menos no Coração d’Aquele Jesus que em Naím da Galileia, fez voltar à vida o filho único de uma mãe viúva, para que ela não ficasse só, e que, à hora da morte na cruz, entregou sua Mãe desolada ao discípulo fiel, (S. João Evangelista) para que A acompanhasse até ao fim”. (da Nota Pastoral da Comissão Episcopal da Família, de 25 de Março de 1993).

A MÃE IDEAL

* É aquela que, no meio do barulho e da agitação, encontra tempo para ouvir até as conversas inúteis dos filhos;

* É aquela que, num mundo onde as pessoas só querem dominar e ser servidas, acha todo o encanto em servir;

* É aquela que pacifica os conflitos frequentes no seio da família;

* É aquela que se sente contente por permanecer em casa em companhia dos filhos quando a sua vontade era sair e distrair-se;

* É aquela que sai satisfeita com o marido e os filhos quando o seu desejo era ficar em casa para descansar;

* É aquela que para os problemas mais complicados encontra as soluções mais simples;

* É aquela que aceita como bênção particular de Deus os filhos e o marido que tem;

* É aquela que tem Deus no coração e tudo faz para colocá-  -LO no coração dos filhos;

* É aquela que é ao mesmo tempo advogada de acusação, de defesa e de juiz;

* É aquela que fica em segundo lugar para que os filhos ocupem o primeiro;

* É aquela que cria ambiente saudável em casa para que os filhos gostem de estar lá;

* É aquela que bendiz a Deus porque os espinhos têm rosas;

* É aquela que tem os pés no chão, mas os olhos sempre voltados para o céu.

(Adaptação de «O Livro da Família»)

O vosso Pároco, Pe. Manuel Vitorino da Silva Moreira Fernandes, dedica à sua mãe, assim como a todas as mães da Paróquia do Beato, estes 2 textos.



ORAÇÃO PELAS MÃES

Louvado sejas, meu Senhor,
pelas Mães.
Pela Mãe de cada um de nós;
pela tua Mãe, Maria de Nazaré
que Tu quiseste fosse nossa;
por todas as Mães, ainda vivas ou já falecidas.

Porque todas as Mães são iguais perante o mistério da vida,
todas são mártires e santas,
todas colaboram Contigo na continuação do género humano.

Louvado sejas, meu Senhor,
pelas Mães pobres e doentes;
pelas Mães sobrecarregadas pelo trabalho, no emprego e em casa;
pelas Mães doadoras de muitas vidas;

pelas Mães que não são amadas pelos seus filhos;
pelas Mães solteiras

e pelas Mães que morreram ao dar à luz uma vida nova. 
Louvado sejas, meu Senhor,
pela dedicação que cada um de nós recebeu de sua Mãe;
pela doação de todas as Mães a seus filhos;
e porque, no amor das Mães,
revelas o rosto materno do Teu amor a todos os homens.
Por Cristo, na unidade do Espírito Santo.


AVE-MARIA

Maria, doce Mãe dos desvalidos,

a Ti clamo, a Ti brado!

A Ti sobem, Senhora, os meus gemidos,

a Ti o hino sagrado

do coração de um pai voa, ó Maria,

pela filha inocente.

Com sua débil voz que balbucia,

piedosa mãe clemente,

ela já sabe, erguendo as mãos tenrinhas,

pedir ao Pai dos Céus

o pão de cada dia. As preces minhas

como irão ao meu Deus,

ao meu Deus que é teu filho e tens nos braços,

se Tu, mãe de piedade,

me não tomas por teu? Oh!, rompe os laços

da velha humanidade;

despe de mim todo outro pensamento

e vã tenção da Terra;

outra glória, outro amor, outro contento

de minha alma desterra.

Mãe, oh! Mãe, salva o filho que Te implora

pela filha querida.

Demais tenho vivido, e só agora

sei o preço da vida,

desta vida, tão mal gasta e prezada

porque minha só era…

salva-a, que a um santo amor está votada,

nele se regenera.

                                               Almeida Garret (1799-1854)

LITURGIA DA PALAVRA

-6 de Maio – V DOMINGO DA PÁSCOA

(Act 9, 26-31)

"Contou-lhes como, no caminho, tinha visto o Senhor"

(1 Jo 3, 18-24)

"É este o Seu mandamento: acreditar e amar"

(Jo 15, 1-8)

"Quem permanece em Mim e Eu nele dá muito fruto"



Estar unido ao Pai por Cristo é garantia da vida. Separada da videira, qualquer pessoa corre o risco de morrer. Por isso, é necessário permanecer unido a Ele, para dar fruto. Através desta união plena e perfeita com Cristo, tudo o que se pedir encontrará uma resposta positiva, será concedido.



-13 de Maio – VI DOMINGO DA PÁSCOA

(Act 10, 25-26.34-35.44-48)

"O Espírito Santo difundia-Se também sobre os pagãos"

(1 Jo 4, 7-10)

"Deus é amor"

(Jo 15, 9-17)

"Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos"



Amar significa ter os mesmos sentimentos de Deus, agir gratuitamente, comportar-se como Jesus com os Seus e entrar em comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Deus amou-nos primeiro e exige de nós um amor comprometido, capaz de transformar o mundo.



-20 de Maio – ASCENSÃO DO SENHOR

(Act 1, 1-11)

"Elevou-Se à vista deles"

(Ef 1, 17-23)

"Colocou-O à sua direita nos Céus"

(Mc 16, 15-20)

"Foi elevado ao Céu e sentou-Se à direita de Deus"



Celebrar a partida de Jesus para junto do Pai é senti-LO eternamente presente na vida das pessoas e da comunidade cristã. Cabe a cada cristão manifestá-LO ao mundo através do seu testemunho e da sua vivência de amor e fé.



-27 de Maio – DOMINGO DE PENTECOSTES

(Act 2, 1-11)

"Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar"

(1 Cor 12, 3b-7.12-13)

"Todos nós fomos baptizados num só Espírito, para formarmos um só Corpo"

(Jo 20, 19-23)

"Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós: recebei o Espírito Santo"



Na comunidade cristã, cada pessoa é um dom do Espírito, daí a riqueza e variedade de dons de que nos fala Paulo na Carta aos Coríntios. Da unidade de todos estes dons, da união e colaboração mútua entre os cristãos, forma-se a Igreja, Corpo de Cristo entre os cristãos, e templo do Espírito.

INTENÇÕES DO PAPA

PARA O APOSTOLADO DA ORAÇÃO

Geral: Defender a família. Para que na sociedade sejam promovidas iniciativas que defendam e reforcem o papel da família.

Missionária: Maria, protectora dos missionários. Para que Maria, Rainha do mundo e Estrela da Evangelização, acompanhe todos os missionários no anúncio do seu Filho Jesus.

 
 
TOME NOTA

Mês de Maio, Mês de Maria – Desde há séculos, a devoção popular dedica à Mãe do Senhor, o mês de Maio, que é o mês das flores. Ofereçamos-lhe todos os dias as flores das Ave-   -Marias do Rosário, rezando-o em público ou em particular. Se possível em família. Na Igreja, recitado em comunidade, de 3ª feira a Sábado às 18h30 e Domingo às 18h00.



4 de Maio – Vigília da Profissão de Fé às 21h00.

5 de Maio – Profissão de Fé às 15h45.

6 de Maio – Dia da Mãe, Missa às 11h00 e às 18h30.

12 de Maio – 27º Aniversário do Agrupamento (Missa às 15h45).

13 de Maio – Terço Solene às 21h30.

27 de Maio – Procissão em Honra da Nossa Senhora de Fátima. Missa Campal na Mata do Bairro da Madre Deus às 18h00.

 
 

JOVENS QUE VÃO FAZER A PROFISSÃO DE FÉ EM 5 DE MAIO DE 2012



Ana Filipa Azevedo Mesquita

Ana Sofia Azevedo Mesquita

Andreia Bento Nunes

Beatriz Dias Alves

Catarina Almeida Dias

Fabiana Maria Fortunato Cartier do Sacramento

Gonçalo José Gonçalves de Carvalho Pinho Bandeira

Joana Filipa Pontinha Cuiça

Leonardo Miguel Mota Cardoso

Luana Patrícia da Silva Soares

Mariana Alexandra Garcia Almeirim

Mariana de Jesus Coelho Duarte
Marluce Trindade Ceita Dias Ramos

Raffaella Pedro Tomaiuolo

Tiago Miguel Rodrigues André.



Folha elaborada e distribuída sob responsabilidade do
Pároco, Pe. Manuel Vitorino da Silva Moreira Fernandes
Rua do Grilo, n.º 116C   1950-146 Lisboa
Tel: 21 868 17 35     Fax: 21 868 08 07


 



Comunidade Paroquial S. Bartolomeu do Beato
ECOS DO BEATO
Folha Informativa – Abril de 2012 – N.º 15

 




Mistério Pascal

 Tríduo Pascal

A Páscoa é a celebração da Ressurreição de Jesus e da nossa ressurreição futura. E a ressurreição é, fundamentalmente, a vitória da vida sobre a morte. A tradição cristã celebra essa vitória ao longo do tempo que se inicia na Quinta-    -feira Santa, de tarde, até ao Domingo de Páscoa, pela manhã – ou à Vigília Pascal, na transição do Sábado Santo para o Domingo de Páscoa. Trata-se do denominado “Tríduo Pascal”, que estende as suas raízes aos primeiros séculos e que foi inserido nos hábitos das comunidades eclesiais sobretudo com a reforma litúrgica do século XX, saída do Concilio Vaticano II.

A Páscoa Cristã é necessária e inseparavelmente isto tudo: a Ceia de Quinta – Feira, a morte de Sexta-Feira o silêncio, sepulcral, de Sábado e a vida do Domingo. Celebrar a Páscoa é, sempre, celebrar o Tríduo Pascal completo como passagem em que a morte, pelo amor, passa à vida.




Páscoa é celebrar a Ressurreição de Jesus
O Silêncio do Sábado Santo chega ao fim na solene Vigília Pascal, “Mãe de Todas as Vigílias”. A assembleia que durante 40 dias fez a caminhada quaresmal, reúne-se para celebrar a Ressurreição de Jesus. O Sacerdote deixa o paramento roxo, substituindo-o pelo branco, símbolo da alegria por Jesus ter ressuscitado. Os fiéis explodem de alegria cantando a Glória e o Aleluia!
É um ambiente muito intenso aquele que se vive nessa celebração, a mais importante do ano, em termos litúrgicos, ambiente que se torna particularmente forte se a Quaresma foi vivida dentro do seu verdadeiro significado. Tal Quaresma, tal Páscoa! É uma noite que nos transforma verdadeiramente. Ainda mais quando há baptismo de adultos. Nesta Vigília, a Joana de 24 anos, vai celebrar os Sacramentos da iniciação Cristã: Baptismo, Crisma e Eucaristia.
A vivência da Vigília Pascal é muito enriquecedora quando é feita em família. Embora a celebração seja mais longa, é importante que as crianças se habituem a participar na Vigília com os seus pais e lhes seja explicado o significado daquela celebração e de todos os momentos e símbolos a ela associados.
Afinal é a celebração da Ressurreição de Jesus que dá sentido à nossa fé e a orienta.
 
Visita Pascal é levar a todos o anúncio da Ressurreição do Senhor Jesus!
Em Portugal, a Visita Pascal é uma das vivências características da Páscoa, é sinal de vida de uma comunidade, é vivida sobretudo no Norte do país.
O dinamismo que a visita Pascal envolve deve ser estimulado para outras regiões e também, para a nossa Paróquia do Beato, já que esta dimensão das Festas Pascais,  aVisita Pascal, está a cair em desuso.
Desde o ano passado nós quisemos viver os valores característicos desta tradição, reavivando-a e retomando-a com a criação da Visita Pascal às famílias que se inscreveram e aos bairros da Paróquia do Beato. Valeu a pena! Pode ser fisicamente cansativo andar por determinadas casas, nos dias marcados pela família e nos bairros que se organizaram ao longo do Tempo Pascal. A alegria do anúncio: “Cristo Ressuscitou! Aleluia!”, ajudou a interiorizar verdadeiramente o significado e a importância desse anúncio e da mensagem que se leva, é pessoal e espiritualmente enriquecedor fazê-lo.
A experiência de participar na visita Pascal aos bairros e às famílias permite o encontro com famílias reunidas, numa festa que envolve diferentes gerações, mas também com pessoas sós, doentes, tristes ou que perderam algum familiar recentemente e vêem nesses breves momentos em que a alegria pascal invade as suas casas, uma oportunidade para exprimir, sem medos, aquilo que lhes vai na alma. Por isso, sem pressa de terminar, deve-se ir calmamente de lar em lar, com a preocupação de ter uma atitude de escuta.
A vivência da Visita Pascal também deve acontecer em família e envolver os seus elementos, seja com a participação de todos num grupo, seja em casa, abrindo as portas ao anúncio da Ressurreição.
É bonito ver, por exemplo, os filhos envolvidos na preparação da Visita Pascal, ajudando a pôr a mesa, ornamentar a entrada com folhas e pétalas, a ter na mão as campainhas para tocar à chegada de Alguém muito especial, que merece as honras especiais: Cristo Crucificado e Ressuscitado!
A Páscoa é verdadeiramente uma festa comunitária e familiar. Cheios de alegria de celebrar e acolher o Ressuscitado, os membros da família congregam-se, nesse dia, muitas vezes em volta de uma mesa preparada com especial cuidado, mas sobretudo em volta de momentos de convívio, partilha e vivência comum da alegria pascal. Nos bairros é feita a preparação para que a Eucaristia seja momento aglutinador dos moradores.
A nossa experiência de Visita Pascal nos bairros foi um sucesso e ficou marcado para se repetir este ano. É esta a ordem das Visitas Pascais aos nossos bairros. Tivemos que juntar os bairros nesta ordem:
Quinta do Ourives e Mata do Bairro da Madre Deus – (no anfiteatro) a 15-04-2012 às 16h. Largo do Olival (Beato) a 22-04-2012 às 16h. Vila Dias a 06-05-2012 (Dia da Mãe) às 16h. Oxalá que as comissões de preparação aceitem prestar este serviço à comunidade e a todos os moradores.

Boas Festas, Santa e Feliz Páscoa, na Alegria de Cristo Ressuscitado!
São os votos do vosso Pároco Amigo, Pe. Manuel Vitorino Fernandes.
 
LITURGIA DA PALAVRA
-1 de Abril Domingo de Ramos
(Is 50, 4-7)
"Não desviei o meu rosto dos que Me ultrajavam, mas sei que não ficarei desiludido"
(Filip 2, 6-11)
“Humilhou-Se a Si próprio; por isso Deus O exaltou”
(Mc 14, 1-15, 47)
“Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo”
Hoje celebramos a “entrada gloriosa” de Jesus na cidade da Sua Páscoa, Jerusalém. É um momento muito significativo na história da salvação, no qual a assembleia cristã vai ao encontro do Senhor que aclama como Rei do universo.

-6 de Abril – Sexta-feira Santa
(Is 52, 13-53, 12)
"Foi trespassado por causa das nossas culpas"
(Hebr 4, 14-16; 5, 7-9)
"Aprendeu a obediência e tornou-Se causa de salvação para todos os que Lhe obedecem"
(Jo 18, 1-19, 42)
"Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo"
Na Sexta-Feira Santa colocamo-nos em íntima sintonia com Cristo sofredor. A liturgia da Palavra descreve o nascimento, a vida, a paixão, a morte, a sepultura e a glorificação de um homem desfigurado e torturado que expia o pecado da humanidade.

-8 de Abril – Páscoa da Ressurreição do Senhor
(Act 10, 34a. 37-43)
"Comemos e bebemos com Ele, depois de ter ressuscitado dos mortos"
(Col 3, 1-4)
"Aspirai às coisas do alto, onde está Cristo"
(Jo 20, 1-9)
"Ele tinha de ressuscitar dos mortos"
Cristo ressuscitou para mostrar que o destino de todos os seres humanos é a vida plena. Mostra-nos ainda que a fé gera testemunho e amor e lança-nos para uma vida nova, cheia de sentido, de esperança, de alegria.

-15 de Abril – II Domingo da Páscoa
(Act 4, 32-35)
"Um só coração e uma só alma"
(1 Jo 5, 1-6)
"Todo o que nasceu de Deus vence o mundo"
(Jo 20, 19-31)
"Oito dias depois, veio Jesus …"
Quem acredita que Jesus é o Messias, nasceu de Deus e amar a Deus é guardar os mandamentos. Pode então acrescentar-se que o mandamento novo é o mandamento do amor que gera a nova fraternidade onde se alicerça a comunidade cristã.

-22 de Abril – III Domingo da Páscoa
(Act 3, 13-15.17-19)
"Matastes o autor da vida; mas Deus ressuscitou-O dos mortos"
(1 Jo 2, 1-5a)
"Ele é vítima de propiciação pelos nossos pecados e também pelos do mundo inteiro"
(Lc 24, 35-48)
"Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia"

Da vida dos homens faz parte a desilusão e o medo, as dúvidas e as frustrações, mas também a coragem de partilhar no caminho da vida (a estrada de Emaús) e na comunidade de fé (o caminho de Jerusalém).

-29 de Abril – IV Domingo da Páscoa (Dia Mundial de Oração pelas Vocações)
(Act 4, 8-12)
"Em nenhum outro há salvação"
(1 Jo 3, 1-2)
“Veremos a Deus tal como Ele é”
(Jo 10, 11-18)
“O Bom Pastor dá a vida pelas suas ovelhas”
Hoje é dia de recordar os nossos pastores e todos os cristãos envolvidos nas diversas pastorais, é o dia de rezar por todas as vocações e pedir sempre novos pastores e colaboradores para o serviço de Cristo.
INTENÇÕES DO PAPA
PARA O APOSTOLADO DA ORAÇÃO
Geral: Vocação ao sacerdócio e vida religiosa. Para que os jovens acolham o chamamento de Cristo a segui-lO no sacerdócio e na vida religiosa.
Missionária: Cristo, esperança para África. Para que Cristo Ressuscitado seja sinal de esperança segura para os homens e mulheres do continente africano.

INFORMAÇÃO
No dia 21 de Dezembro de 2011 foi nomeado o Conselho Económico Paroquial do Beato, por Sua Eminência Reverendíssima Senhor Cardeal Patriarca, segundo o teor do can. 537 e das normas para a administração das Paróquias de 12 de Junho de 1998. São estes os membros constitutivos deste Conselho Económico pelo prazo de 5 anos: José Pedro Matos, José Henrique Galvão e Armando Mário Antão.
TOME NOTA
1 de Abril (Domingo de Ramos)
  10h30 – Bênção dos Ramos e Procissão no Adro da Igreja
  11h00 – Missa Solene
  15h00 – Reunião do Conselho Pastoral
  18h30 – Bênção dos Ramos na Igreja Paroquial e Missa
3 de Abril – Celebração Penitencial às 21h00
5 de Abril (Quinta-feira Santa)
18h30 – Recepção dos Santos Óleos
19h00 – Celebração da Ceia do Senhor e Lava-pés
21h30 – Adoração ao Santíssimo Sacramento
6 de Abril (Sexta-feira Santa)
10h00 – Oração das Laudes
15h00 - Celebração da Paixão do Senhor e Adoração da Cruz. (Ofertório para os lugares Santos)
18h15 – Via-sacra
7 de Abril – Sábado Santo
10h00 – Oração das Laudes
21h30 – Vigília Pascal
8 de Abril – Domingo de Páscoa
Missa – 11h00 e 18h30
Abertura das inscrições para a Visita Pascal do Pároco às famílias, com a marcação do dia e hora mais convenientes
Anúncio da Visita Pascal
15 de Abril  - Visita Pascal ao Bairro Quinta do Ourives e Mata do Bairro da Madre de Deus (no anfiteatro) às 16h00
22 de Abril – Visita Pascal ao Largo do Olival (Beato) às 16h00
29 de Abril – Dia da Memória Paroquial, com inauguração, às 11h00, da Sala da Memória, onde irão figurar as fotografias dos Párocos que exerceram o ministério por período superior a dez anos.
 

Folha elaborada e distribuída sob responsabilidade do

Pároco, Pe. Manuel Vitorino da Silva Moreira Fernandes

Rua do Grilo, n.º 116C   1950-146 Lisboa

Tel: 21 868 17 35     Fax: 21 868 08 07



Comunidade Paroquial S. Bartolomeu do Beato


ECOS DO BEATO
Folha Informativa – Março de 2012 – N.º 14

UARESMA CAMINHO PARA A PÁSCOA

Com a Quarta-Feira de Cinzas (leituras: Joel 2,12-18; 2 Cor 5,20-6,2; Mt 6,1 – 8.16 – 18) começa o tempo da Quaresma, período especialmente rico e significativo para a vida da Igreja. Como diz o primeiro prefácio quaresmal, todos os anos Deus concede aos cristãos «a graça de se prepararem, na alegria do coração purificado, para celebrarem as festas pascais». Este tempo, à maneira de um retiro espiritual orientado pela Palavra do Senhor, é profundamente marcado pela «oração mais intensa, pela caridade mais diligente, pela participação nos mistérios da renovação cristã» (1º Prefácio Quaresmal).
Se é verdade que o Senhor Se nos dirige a todo o momento – qualquer época do ano é tempo de Deus – é também verdade que a Quaresma constitui um período privilegiado em que Ele Se manifesta mais intimamente aos cristãos. É, de algum modo, o «tempo favorável, o dia da Salvação» a que alude S. Paulo na 2ª leitura da Quarta-Feira de Cinzas.
A imposição das cinzas confere à celebração litúrgica do primeiro dia da Quaresma um carácter de austeridade que não pode limitar-se ao gesto ritual de «receber as cinzas». Cobrir-se de Cinza no Antigo Testamento, significava arrependimento e penitência. Para os cristãos, trata-se também de um rito penitencial externo, mas que há-de ir acompanhado da atitude interior de humildade e penitência: uma espécie de confissão dos próprios pecados. Sem este espírito, será um gesto vazio de significado.

A PALAVRA DE DEUS NO TEMPO DA QUARESMA
A Quaresma no mistério pascal
Seria impróprio considerar a Quaresma fora da sua relação com a Páscoa. Ela nasceu precisamente com a finalidade de favorecer uma participação mais profunda e mais intensa no mistério pascal de Cristo, centro da fé e da vida do cristão. É a resposta ao convite de Paulo a celebrar a Páscoa «não com o velho fermento, nem com o fermento de malícia e perversidade, mas com pães sem fermento, isto é, na sinceridade e na verdade» (1Cor 5,8). Um mistério tão grande precisa de longa e intensa preparação. Para além de que, desde outros tempos, dias ou anos, nos quais o número quarenta indica um tempo de prova antes de uma vitória final (cf. Gn 8,6: a espera de Noé depois do dilúvio; Ex 24,18 e 34,28: a permanência de Moisés no monte; Js 5,6: os quarenta anos de permanência de Israel no deserto; 1Sm 17,16: o desafio de Golias a Israel; 1Rs 19,8: Elias caminha durante quarenta dias; Jn 3,4: ainda quarenta dias e Nínive será destruída; etc.), o tempo litúrgico da Quaresma recebe a sua medida de quarenta dias passados por Jesus no deserto antes de começar a Sua missão de evangelização. Uma medida que evidentemente não é só quantitativa, mas também qualitativa: o tempo da prova («tentação») de Jesus remete o discípulo, no momento «penoso» da sua sequela, para a vertente de sofrimento do mistério pascal de Jesus, precisamente a «Paixão» na qual a única possibilidade de ultrapassar a prova consiste em confiar na Palavra de Deus, como o próprio Cristo que responde à tentação da fé com o triplo «a Escritura diz» (Mt 4,4.6.10) da Palavra de Deus. Com o seu apelo à conversão, a Quaresma não esgota em si mesma o seu significado e sua missão, mas torna-se o «tempo exemplar» para todo o ano: ou seja, fornece as linhas de fundo para uma vida cristã que, inspirando-se na Páscoa do Senhor, se coloca em atitude de conversão permanente».
É preciso muito cuidado, então, para não isolar a Quaresma da Páscoa. Se o mistério pascal é o centro da fé e da vida do cristão, a Quaresma não deve ser entendida simplesmente como um tempo de preparação para a Páscoa. Ela é uma dimensão do tempo Pascal que no entanto deve ser enquadrada numa perspectiva mais ampla: a dos noventa dias que incluem também os cinquenta dias da Páscoa numa continuidade que abrange preparação, cume, e ainda continuação e aprofundamento. Observa-se, pelo contrário, que a praxis pastoral amiúde gasta muito tempo na preparação (Quaresma), esquecendo quase o seguimento e o aprofundamento (Tempo Pascal). Tempo de Quaresma e Tempo Pascal não são simplesmente dois tempos litúrgicos juntos, mas formam uma unidade litúrgica orgânica, são como as duas vertentes do único mistério celebrado e vivido pela comunidade crente e pelo discípulo do Senhor. Em cada um destes dois tempos acentua-se um dos dois grandes aspectos, necessários e interdependentes, do mistério pascal de morte e ressurreição. Na Quaresma, é evidenciada e vivida a componente «negativa» do mistério pascal a Paixão, sem todavia esquecer o mistério pascal na sua globalidade. No Tempo Pascal é a outra dimensão, a dimensão positiva da «Ressurreição», da vida nova do Ressuscitado participada aos crentes, que é posta em evidência. Na Quaresma é evidenciado o aspecto da provação e da conversão da existência cristã; no Tempo Pascal é evidenciado o seu carácter pascal e pentecostal.
Enquanto preparação para a celebração da Páscoa, a Quaresma deve ser considerada um tempo de graça no qual os fiéis, mediante a escuta mais frequente da Palavra de Deus (porque «não só do pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus» é já a mensagem do I Domingo), são convidados a redescobrir a sua dignidade de filhos de Deus e a sua libertação efectuada pela Páscoa de Cristo, ou seja, a graça do Baptismo (de facto, é mediante o Baptismo que somos inseridos no mistério pascal de Cristo e portanto tornados filhos no Filho e libertados da escravidão do pecado). O novo Povo de Deus está a caminho para a Terra Prometida do mundo redimido por Cristo, como se exprime com incisividade o prefácio da Quaresma V:
Senhor, Pai Santo, rico de misericórdia, é verdadeiramente nossa salvação bendizer o Vosso nome, no nosso itinerário para a luz pascal, seguindo os passos de Cristo, mestre e exemplo da humanidade reconciliada no Vosso amor. Vós abris de novo à Igreja o caminho de êxodo, através do deserto quaresmal, para que, aos pés da montanha santa, de coração contrito e humilhado, tome consciência da sua vocação como povo da aliança, reunido para cantar o Vosso louvor, escutar a Vossa palavra e viver a experiência admirável dos Vossos prodígios.
Toda a vida do cristão é sempre uma caminhada na luz da Páscoa e em direcção à luz da Páscoa, por isso requer um dinamismo de conversão permanente: a Quaresma, sinal sacramental da nossa conversão, torna-se momento de referência e de reabastecimento necessário para todas as estações da vida do cristão.                                              (Mário Chesi)


 
SimbLeiturasLITURGIA DA PALAVRA
-4 de Março II Domingo da Quaresma
(Gen 22, 1-2.9a.10-13.15-18)
"O sacrifício do nosso Patriarca Abraão"
(Rom 8, 31b-34)
"Deus não poupou o Seu próprio Filho"
(Mc 9, 2-10)
"Este é o meu Filho muito amado"
Somente o profundo amor de Abraão por Deus explica o facto de ele aceitar oferecer o próprio filho em sacrifício. Igualmente, somente o profundo amor de Deus pela humanidade explica a morte de Jesus na cruz. É preciso que o Filho de Deus seja sacrificado e ressuscite dos mortos para que a humanidade toda seja redimida do seu pecado.

-11 de Março – III Domingo da Quaresma
(Ex 20, 1-17)
"A Lei foi dada por Moisés"
(1 Cor 1, 22-25)
"Nós pregamos Cristo crucificado, escândalo para os homens, mas sabedoria de Deus para os que são chamados"
(Jo 2, 13-25)
"Destruí este templo e em três dias o levantarei"
Jesus é o verdadeiro Templo, afinal é n’Ele que Deus Se manifesta definitiva e plenamente. Do mesmo modo, cada ser humano é templo de Deus, pois fomos criados por Ele e revelamos a Sua bondade, grandeza e sabedoria. Para mostrarmos a nossa alegria e fidelidade a tal privilégio, devemos seguir os mandamentos deixados a Moisés.

-18 de Março - IV Domingo da Quaresma
(2 Cr 36, 14-16.19-23)
"A indignação e a misericórdia do Senhor manifestam-se no exílio e na libertação do povo"
(Ef 2, 4-10)
"Mortos por causa dos nossos pecados, salvos pela graça"
(Jo 3, 14-21)
"Deus enviou o Seu Filho para que o mundo seja salvo por Ele”

Deus é rico em misericórdia. A Sua linguagem é sempre o amor e o perdão. Deus não se cansa de amar e, por isso, a salvação é sempre um dom gratuito de Deus, não é uma conquista, um mérito do homem. É extraordinária graça de Deus. Só em Jesus Cristo esta graça da misericórdia e do perdão de Deus se realiza plenamente.


-25 de Março - V Domingo da Quaresma
(Jer 31, 31-34)
"Estabelecerei uma aliança nova e não mais recordarei os seus pecados"
(Heb 5, 7-9)
"Aprendeu a obediência e tornou-Se causa de salvação eterna"
(Jo 12, 20-33)
"Se o grão de trigo, lançado à terra, morrer, dará muito fruto"

Jesus pode ser o sinal da Aliança entre Deus e o homem, precisamente porque tem a dupla natureza: é Deus e é homem. Como homem, Jesus foi igual a nós, excepto no pecado, passou por todas as dificuldades, viveu todas as experiências, comprometeu-Se em todas as propostas de redenção do homem. Só não podia deixar-Se seduzir pelo mal. Manteve-Se, por isso, sempre fiel ao Pai, podendo, então, tornar-Se sinal da Aliança definitiva entre Deus e o homem, garantia da salvação e redenção.

INTENÇÕES DO PAPA
PARA O APOSTOLADO DA ORAÇÃO
Geral: Mulheres e desenvolvimento. Para que o contributo dado pelas mulheres ao desenvolvimento da sociedade seja adequadamente reconhecido em todo o mundo.
Missionária: Cristãos perseguidos. Para que o Espírito conceda perseverança a quantos, particularmente na Ásia, são discriminados, perseguidos e mortos por causa do nome de Cristo.

                  Fábrica da Igreja Paroquial
                    de São Bartolomeu do Beato
       Conselho Económico Paroquial do Beato
         Apresentação de contas à Comunidade
                        Balancete     Sintético



2010

2011
Receita Geral

58.471,31

58.215,55
Empréstimo



10.000,00
Despesas diversas

53.596,09

65.358,83
Resultado apurado

4.875,22

2.856,72
Despesas extraordinárias:



Obras diversas

3.970,00


Passadeira da Igreja

1.000,00


Fotocopiadora



4.760,00
Processo Duque Lafões (Advogados


e Agentes de Execução)


5.400,00
Electrificação Sinos



7.238,00
Software (Programa "A Paróquia")


1.020,00


Totais
4.970,00

18.418,00






TOME NOTA
Todas as sextas-feiras da Quaresma há Via-Sacra na Igreja às 18h15.
2 de Março – Reunião das Zeladoras e Associados do Apostolado de Oração às 17h00
Retiro do Clero de 5 a 9 de Março, em Fátima. O Pároco participa nele.
10 de Março – Curso de Formação para os novos ministros extraordinários da comunhão
11 de Março – Dia Cáritas
- Encontro de preparação da Quaresma para todos os organismos da Paróquia.
17 de Março – Via Sacra dos Escuteiros às 16h00
- Curso de Formação para novos MEC e renovação do mandato.
18 de Março – Dia Paroquial do Doente ás 16h00
24 de Março – Celebração Penitencial Catequese às 14h30
- Acampamento
25 de Março – Celebração Penitencial para Adultos às 16h00
- Acampamento
26 de Março – 46º Aniversário da Ordenação Sacerdotal do Pároco, Pe. Manuel Fernandes

Folha elaborada e distribuída sob responsabilidade do
Pároco, Pe. Manuel Vitorino da Silva Moreira Fernandes
Rua do Grilo, n.º 116C   1950-146 Lisboa
Tel: 21 868 17 35     Fax: 21 868 08 07




Comunidade Paroquial S. Bartolomeu do Beato
ECOS DO BEATO
Folha Informativa – Fevereiro de 2012 – N.º 13



O SOFRIMENTO REDENTOR

Esta Folha Informativa pretende ajudar todos os leitores a reflectir sobre “o sentido cristão do sofrimento” com a luz da Carta Apostólica Salvifici Doloris, do Beato João Paulo II (1984) sobre o sentido cristão do sofrimento humano. O Beato João Paulo II, homem experimentado no sofrimento, introduz o leitor no seguimento de Cristo, por meio da cruz, mostrando como só neste seguimento encontra um princípio de sentido.
O sofrimento é uma realidade física, psicológica e/ou moral que a todos mais ao menos atinge, afigurando-se como ligado ao mal e à morte, e sinal claro das limitações humanas. A revelação cristã diz-nos que resulta do desequilíbrio causado na vida humana pelo pecado; e que, embora o sofrimento não seja querido por Deus, depois do sacrifício de Jesus Cristo tornou-se meio importante de redenção e de merecimento sobrenatural. Sem procurar morbidamente, deve aceitar-se sempre que inevitável, não apenas de forma resignada, mas com a alegria sobrenatural de se estar a participar nos sofrimentos redentores de Jesus Cristo.
No mês de Fevereiro celebramos eventos religiosos ligados ao sofrimento:
- Dia 2, Apresentação de Jesus no Templo, facto relatado em Lc 2,32-38, baseado na prescrição do A.T., que a liturgia celebra a 2 de Fevereiro (40 dias depois do Natal) como Festa do Senhor. Faz a transição do ciclo de Natal (a que está ligada) com o ciclo da Páscoa (pelo o anúncio da espada de dor feita por Simeão a Maria), também se chama Festa da Purificação de Maria e da Candelária.
- Dia 4, Martírio de São João de Brito, Apóstolo de Maduré (Índia).
- Dia 7, Cinco Chagas do Senhor, (estão na Bandeira Portuguesa).
- Dia 11, Dia Mundial do Doente, celebra-se a Aparição de Nossa Senhora em Lourdes, em 1858 (que diz ser a Imaculada Conceição) à vidente Bernardette Soubirous, de 14 anos, como que a confirmar o dogma definido por Pio IX, 4 anos antes.
- Dia 22, Começo da Quaresma, um convite à conversão: Quarta-Feira de Cinzas.

AO ENCONTRO DA LUZ
APRESENTAÇÃO DE JESUS NO TEMPLO E PURIFICAÇÃO DE NOSSA SENHORA

Em conformidade com a Lei de Moisés, Maria e José, logo que o Menino Jesus chegou aos 40 dias, foram ao templo de Jerusalém, a fim de O apresentarem a Deus, e ainda para Maria fazer a “purificação” ritual, prevista na Lei para todas as Mães.
Apresentando o Menino Deus, Maria e José deviam reconhecer, neste gesto de oferta, que o Filho não lhes pertencia; era mais de Deus do que deles.
Nessa ocasião, o velho Simeão surge no Templo, por impulso do Espírito Santo; e, tocado pela graça, descobre no Menino de Maria o Messias tão ardentemente esperado por todo o Israel. Para ele, o Menino que tem nos braços é LUZ para se revelar aos homens.
Este simpático velhinho é o símbolo de todos os que, no decorrer dos tempos, reconhecem que Jesus Cristo é “a luz verdadeira que, vindo ao mundo, a todo o homem ilumina” (João 1,8)
Mas, para nos deixarmos iluminar pela Luz de Cristo, precisamos não só de ter o desejo de a receber, como também de ter coragem para a seguir nos caminhos tenebrosos da vida.
Esta festa é uma festa de luz; melhor, é a festa da LUZ, que é Jesus Cristo, o Salvador.

DIA MUNDIAL DO DOENTE
11 DE FEVEREIRO, DE INICIATIVA DO BEATO JOÃO PAULO II, DESDE 1992

A celebração anual do “ Dia Mundial do Doente”, tem a finalidade de sensibilizar o Povo de Deus e a própria sociedade civil, à necessidade de assegurar a melhor assistência aos doentes; de ajudar quem está doente, de valorizar o sofrimento, no plano humano e sobretudo no plano sobrenatural; de envolver de modo particular as Dioceses, as Comunidades Cristãs e as Famílias religiosas na pastoral sanitária; de favorecer o empenho cada vez mais valioso do voluntariado; de recordar a importância da assistência religiosa aos doentes por parte dos sacerdotes diocesanos e regulares, como também de todos os que vivem e prestam assistência junto de quem sofre.
Que o “ Dia Mundial do Doente” seja um momento forte de oração, de partilha, de oferta do sofrimento para o bem da Igreja, e de apelo, para todos, a reconhecer no rosto do irmão doente a Santa Face de Cristo, que, sofrendo, morrendo e ressuscitando operou a salvação da Humanidade.                     
João Paulo II, 13 de Maio de 1992

OS SACRAMENTOS DOS DOENTES
(Conselhos para a prática Pastoral) 

1.              A exemplo de Jesus, que mostrou sempre muita solicitude pelos doentes, curando-os da doença e purificando-os do pecado, também a comunidade cristã deve rodear de muito carinho os seus membros doentes, proporcionando-lhes os necessários auxílios materiais e espirituais.
2.              Entre os auxílios espirituais, assinalam-se especialmente os sacramentos dos doentes: a Santa-Unção e a Comunhão Eucarística como Viático; e ainda, se necessário, a Confissão sacramental, sem esquecer a conveniência da Comunhão Eucarística ao longo da doença.
3.              A Santa-Unção não é, propriamente, um sacramento para os moribundos; é um sacramento dos doentes considerados em estado grave, com o sentido de os confortar nos seus sofrimentos, santificando-os em união com a Paixão do Salvador, de os purificar do pecado e ainda de os curar da doença, se Deus o julgar conveniente.
4.              Assim, o Sacramento da Santa-Unção pode administrar-se aos fiéis gravemente doentes, quer em razão de uma enfermidade normalmente considerada grave, quer em razão de idade avançada ou de viagem com risco.
O Sacramento pode receber-se também antes de uma operação, quando o motivo desta é uma doença perigosa.
5.        Evite-se o mau costume de chamar o sacerdote apenas quando o doente já perdeu os sentidos. Procurem os familiares e amigos despertar no doente o desejo de receber os Sacramentos, nomeadamente a Santa-Unção, enquanto está lúcido, para que possa tirar mais proveito espiritual dos Sacramentos que lhe foram dados.
6.         A celebração dos Sacramentos na casa do doente deve ser feita com o máximo respeito e veneração. Para a Santa-Unção e a Comunhão Eucarística, prepare-se no quarto do doente uma mesa (pode ser cómoda ou outro móvel digno), coberta com uma toalha branca e acenda-se uma vela ao lado do crucifixo.
7.         Quando telefonar para a Igreja a pedir os sacramentos para um doente, indique claramente a morada, qual o estado do doente (se fala e engole) e que Sacramentos ele vai receber.

    ORAÇÃO DOS DOENTES

DEUS OMNIPOTENTE E ETERNO,
PAI DOS POBRES E ALÍVIO DOS ENFERMOS:

 - O Teu amor guia cada momento da nossa vida.
 - Hoje elevamos o pensamento e o coração para Ti, em oração. Louvamos-Te pelo dom da vida humana e, especialmente, pela promessa da vida eterna.
 - Sabemos que estás sempre perto dos corações feridos e necessitados, de todos os que são fracos, de todos os que sofrem.
 - Deus de ternura e de compaixão, aceita a oração que Te fazemos pelos nossos irmãos e irmãs doentes. Aceita, sobretudo, a oração que Te dirigimos, nós que estamos doentes.
 - Aumenta a nossa fé e confiança em Ti.
 - Conforta-nos com a Tua presença de Amor e, se é essa a Tua vontade, restitui-nos a saúde, com uma renovada fortaleza no corpo e no espírito.
 - Ó Pai amoroso, abençoa-nos a todos nestes momentos difíceis do sofrimento, pela dor física, e de angústia, pelo desconhecimento sobre o nosso futuro. Alimenta em nós a esperança cristã.
 - Ó Deus, fonte de toda a fortaleza, guarda e protege aqueles que assistem aos doentes e trabalham pela sua cura.
   Dá-lhes um espírito valoroso e cheio de amor; sustenta- -os nos seus esforços para levar a todos o alívio do sofrimento e a saúde de que precisam.
- Enche-nos da Tua paz e da Tua graça, deixa-nos ver que és um Pai cheio de Amor, um Deus de misericórdia e compaixão.
Amen!                                                             João Paulo II
               em Nirmal Hriday Ashram , Calcutá, 3/02/1986

SimbLeiturasLITURGIA DA PALAVRA

-5 de Fevereiro – Domingo V do Tempo Comum
Job 7, 1-4.6-7)
"Agito-me angustiado até ao crepúsculo"
(I Cor 9, 16-19.22-23)
"Ai de mim se não evangelizar"
(Mc 1, 29-39)
"Curou muitas pessoas, atormentadas por várias doenças"
O amadurecimento humano e a maturidade cristã devem corresponder-se. Uma maturidade total é um ideal difícil de alcançar, mas esforçar-se por alcançá-lo é um dever moral do homem e da mulher. Como crescemos em estatura e anos, não chega uma fé de primeira comunhão para responder aos problemas de adulto. Não se muda o conteúdo da fé, mas dá-se-lhe profundidade.

-12 de Fevereiro – Domingo VI do Tempo Comum
(Lev 13, 1-2.44-46)
"O leproso deverá morar à parte, fora do acampamento"
(I Cor 10, 31-11, 1)
"Sede meus imitadores, como eu o sou de Cristo"
(Mc 1, 40-45)
"A lepra deixou-o e ele ficou limpo"
O critério último e definitivo para conhecer um cristão de fé madura é ver como se relaciona com Deus, se vive a sua fé como diálogo e não como monólogo egocêntrico. O diálogo de uma fé madura realiza-se com Deus, através da oração e da meditação, que também devem ser revisão de vida. Assim, as relações fraternas e os assuntos temporais são vistos na relação com Deus. Por isso mesmo, no diálogo sincero e em profundidade, de pessoa para pessoa, prepara-se o diálogo com Deus.

-19 de Fevereiro - Domingo VII do Tempo Comum
(Is 43, 18-19.21-22.24b-25)
"Apagarei as tuas transgressões, em atenção a Mim"
(II Cor 1, 18-22)
"Jesus não foi sim e não, mas sempre foi sim"
(Mc 2, 1-12)
"O Filho do homem tem na terra o poder de perdoar os pecados"

Como o nome indica, o sacramento da reconciliação é o serviço eclesial de reconciliar o homem pecador com Deus. Isto supõe um processo de conversão, pelo que os cristãos se reconhecem como pecadores e querem fazer a sua opção baptismal por Deus numa atitude penitencial que deve encher de sentido conversional e libertador toda a nossa vida cristã.

-26 de Fevereiro - Domingo I da Quaresma
(Gen 9, 8-15)
"A aliança de Deus com Noé, salvo das águas do dilúvio"
(I Pedro 3, 18-22)
“O Baptismo que agora vos salva”
(Mc 1, 12-15)
“Era tentado por Satanás e os Anjos serviam-nO”
É tempo de fazer uma renovação da aliança com Deus, uma renovação das promessas baptismais. Entretanto, isso exige de cada cristão uma atitude de conversão e de adesão ao Evangelho anunciado. Jesus conduzir-nos-á por este caminho, basta segui-lO.

INTENÇÕES DO PAPA
PARA O APOSTOLADO DA ORAÇÃO

Geral: Acesso à água. Para que todos os povos tenham acesso à água e aos recursos necessários ao sustento quotidiano.
Missionária: Profissionais da saúde. Para que o Senhor sustente o esforço dos profissionais de saúde das regiões mais pobres no serviço aos doentes e aos idosos.

TOME NOTA

3 de Fevereiro – Reunião de Zeladoras e Associados do Apostolado de Oração às 17h00.
– Exposição do Santíssimo Sacramento às 18h00.
18 de FevereiroIII Acacordas, Acampamento – Margaridas
22 de FevereiroQuarta – Feira de Cinzas, missa às 9h00, 12h00 e 19h00, imposição das cinzas em todas as missas. Dia de jejum e de abstinência.
26 de FevereiroAniversário natalício do Senhor Cardeal Patriarca.

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Folha elaborada e distribuída sob responsabilidade do
Pároco, Pe. Manuel Vitorino da Silva Moreira Fernandes
Rua do Grilo, n.º 116C   1950-146 Lisboa
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Comunidade Paroquial S. Bartolomeu do Beato
ECOS DO BEATO
Folha Informativa – Novembro de 2011 – N.º 10
PREPARANDO O 50º CONGRESSO EUCARÍSTICO INTERNACIONAL NA CIDADE DE DUBLIN (IRLANDA), DE 10 A 17 DE JUNHO DE 2012
Os Congressos, em geral, são reuniões de pessoas para celebrar ou tratar temas do seu especial interesse. Entre os principais congressos religiosos, encontram-se Os Congressos Marianos, os Missionários, os Litúrgicos, os de Leigos e, particularmente, os Congressos Eucarísticos Diocesanos, Nacionais e Internacionais.
“Para orientar e alimentar correctamente a piedade para com o Santíssimo Sacramento da Eucaristia, deve considerar-se o Mistério Eucarístico em toda a sua plenitude, tanto na celebração da Missa como no culto das Sagradas Espécies, que se conservam depois da Missa para prolongar a graça do sacrifício.” (Cf. Ritual Romano, “ Sagrada Comunhão e Culto do Mistério Eucarístico fora da Missa”, Preliminares, nn.109-112).
O 1º dos Congressos Eucarísticos Internacionais foi o de Lille, (França) 1881. E o 1º Nacional (português) foi o de Braga, 1924.
Nos dias 10 a 17 de Junho de 2012, terá lugar, na cidade de Dublin (Irlanda), o 50º Congresso Eucarístico Internacional. Uma tal ocasião reveste uma particular importância, não só por ser um «número redondo», mas também pelo tema proposto, que poderá e deverá ter um grande impacto na vida da Igreja, e não apenas na Irlanda.
O tema do congresso é: «Eucaristia – Comunhão com Cristo e uns com os outros». A base é uma reflexão e aprofundamento da Eucaristia, vista a partir da comunhão, primeiramente com Cristo, presente sacramentalmente nas espécies eucarísticas e na oração pessoal de cada cristão e, igualmente, na sua Igreja, como o Corpo daqueles que comungam o mesmo pão e o mesmo cálice.
Ao longo destes meses de espera, vamos centrar a nossa atenção nos quatro aspectos essenciais da Igreja e da Vida Cristã, que o Congresso nos quer fazer aprofundar: Comunidade, Palavra de Deus, Liturgia e Missão.
Pe. Manuel Vitorino da Silva Moreira Fernandes


MÊS DE NOVEMBRO
MÊS DAS ALMAS

A tradição dedica, há séculos, o mês de Novembro a rezar pelas ”almas”. Talvez, porque no dia 2 de Novembro celebramos “os Fiéis Defuntos”, o mês tem, entre nós e em muitos lugares, essa dimensão.
Nos dias 1 e 2 de Novembro, a Igreja celebra o Grande Mistério da Comunhão dos Santos. Esta expressão “Comunhão dos Santos”, que figura no Símbolo dos Apóstolos (V. Credo), refere-se à comunhão dos bens espirituais (Fé, Sacramentos, Carismas, Caridade …) e à íntima ligação entre os membros da Igreja da Terra, do Céu e do Purgatório.
Como este Mistério da Comunhão dos Santos é tão grande para ser celebrado num só dia e numa só solenidade, a Igreja desdobra-O na sua celebração: 1 de Novembro, Dia de todos os Santos. Celebram-se nele os Santos da Nossa Família, da Nossa Pátria, Todos os que viveram e morreram na Graça de Deus. Estes são os que já estão no Céu.
No dia 2 de Novembro, Dia dos “Fiéis Defuntos”, celebram-se Todos os que morreram na Graça de Deus, mas devido à fragilidade humana, cometeram pecados cuja expiação os impede de estar na presença de Deus, aguardando no Purgatório, “Tempo de Purificação” a ida para a presença do Senhor.
1 e 2 de Novembro, são dias que iniciam o mês e uma vida de Solidariedade e de Comunhão.
A solidariedade deve ser vivida não só entre nós que ainda vivemos neste mundo, mas com as pessoas que já partiram para a vida eterna. Solidariedade que se deve manifestar de muitos modos e que deve nascer do amor, duma caridade autêntica e fecunda. As pessoas que nos antecederam e partiram para casa do Pai, que ultrapassaram a porta da morte, que viveram já a passagem para a vida que não mais terá fim, merecem e necessitam da nossa contínua amizade e comunhão amiga. Somos uma única Igreja, quer a que vive ainda neste mundo, (Igreja Militante) quer a que já está vivendo do outro lado da morte, (Igreja Triunfante, a do Céu) e (Igreja Padecente, a do Purgatório).
Não bastam as flores junto às campas, como os arranjos delicados que mostram carinho espalhados pelos cemitérios. Não bastam velas, ornamentos, mausoléus, estátuas, etc. A solidariedade em comunhão de irmãos deve traduzir-se de muitos modos mais evangélicos, mais eclesiais, mais fruto de verdadeira caridade. A primeira, como faz a Igreja, deve ser a presença viva na Eucaristia, a participação do sacramento do amor, a vivência do mistério da fé, oferecido pelas pessoas que já partiram deste mundo. Não sabemos em que estado espiritual partiram, com que arrependimento, em que estado de comunhão com Deus, em que estado de liberdade interior. Daí que os devemos colocar no sacrifício eucarístico e oferecer o melhor que temos, a Eucaristia, pelos nossos defuntos. O dinheiro gasto nas flores é muito mais bem gasto se oferecido na celebração da Eucaristia que, sendo o sacrifício de Jesus Cristo, tem valor infinito para sufragar defuntos, alcançar perdão de pecados, ajudar a entrar na plenitude de Deus, suavizar a purificação que padecem.
Outro modo eficaz de realizar a solidariedade com os “Fiéis Defuntos”, com as pessoas que já partiram deste mundo, é a oração. A Igreja Mãe sempre rezou e reza cada dia pelos que partiram. É um modo eficaz de exercer a caridade para com os nossos irmãos e irmãs. Rezar por eles é mostrar-lhes a nossa caridade, a nossa recordação, a nossa amizade, a nossa solícita solidariedade. Tê-los presentes na nossa oração é viver em comunhão de amizade, em comunhão de santos, em comunhão espiritual e amiga com todos os que, depois da morte, merecem e esperam a nossa oração como expressão do nosso amor. E esta oração é o mais importante, o mais radicalmente evangélico, a melhor ajuda, a mais eficaz solidariedade.
Se o que mais vale é o amor, então os nossos actos de amor, de serviço, de dom, de caridade, de partilha serão muito importantes para ajudar os “Fiéis Defuntos” a viverem a posse definitiva de Deus. O dinheiro gasto em flores é muito mais eficaz para os defuntos se for usado em favor dos pobres, dos que não têm pão, casa, cultura, amor. Os actos de caridade são os actos de maior solidariedade para com todos. Serão, pois, aqueles que ajudarão mais os que já partiram deste mundo. Porquê gastar tanto dinheiro em flores e não usar essa quantia em fazer caridade, em alimentar estômagos vazios, em ajudar eficazmente quem sofre e quem precisa, oferecendo essa caridade em favor dos “Fiéis Defuntos”? Seria algo muito bonito e evangélico, criar o hábito de dar, de exercer com a intenção de sufragar os que partiram deste mundo. Ofereço esta esmola, faço este acto de caridade, presto este serviço com a intenção de sufragar os defuntos, para que as pessoas que já partiram tenham a alegria que não tem fim e entrem na festa de Deus.
Importa que nos fique o desejo grande de comunhão com as pessoas que já partiram deste mundo… Importa oferecer Eucaristias por essas pessoas. Importa rezar por elas. Importa oferecer por elas alguma penitência. Importa que façamos actos de caridade que oferecemos pelo eterno descanso dessas pessoas que já partiram.
 Dário Pedroso S.J.
LITURGIA DA PALAVRA
-1 de Novembro – Todos os Santos
(Ap 7, 2-4.9-14)
"Vi uma multidão imensa, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas"
(1 Jo 3, 1-3)
“Veremos a Deus tal como Ele é”
(Mt 5, 1-12a)
“Alegrai-vos e exultai, porque é grande nos Céus a vossa recompensa”
A santidade procura-se nas acções do dia-a-dia, colocando tudo ao serviço dos outros, aprendendo a desprendermo-nos das coisas materiais, doando as qualidades próprias para o bem da comunidade.
-2 de Novembro - Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos
(Job 19, 1.23-27a)
"Eu sei que o meu Redentor está vivo"
(2 Cor 4, 14; 5, 1)
"As coisas visíveis são passageiras; as invisíveis são eternas"
(Mt 11, 25-30)
"Vinde a Mim …Eu vos aliviarei"
Neste dia renovemos alegremente a nossa esperança cristã e proclamemos com certeza aquilo que professamos no Credo: “Espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há-de vir”.
-6 de Novembro - XXXII Domingo do Tempo Comum
(Sab. 6, 12-16)
"A Sabedoria vem ao encontro dos que a procuram".
(1 Tes. 4, 13-18)
"Jesus morreu e ressuscitou. Do mesmo modo, Deus levará com Jesus os que em Jesus tiverem morrido".

(Mat. 25, 1-13)

"O Reino dos Céus pode comparar-se a dez raparigas...".
A nossa civilização acumula saber e ignora a sabedoria. A sabedoria é a compreensão funda da condição humana que resulta da idade, da inserção corajosa na vida, da reflexão ponderada. Bem integrado, o saber contribui para a sabedoria, na medida em que alarga os horizontes e abala as ideologias; deixado sozinho, o saber torna-se totalitário e envenena a sabedoria nas suas raízes.
-13 de Novembro - XXXIII Domingo do Tempo Comum        
(Prov 31, 10-13.19-20.30-31)
"Põe mãos ao trabalho alegremente"
(1 Tes 5, 1-6)
"Para que o dia do Senhor não vos surpreenda como um ladrão"
(Mt 25, 14-30)
"Foste fiel em coisas pequenas: vem tomar parte na alegria do teu senhor"
O sentido de responsabilidade na gestão dos dons recebidos faz--nos viver correctamente a espera do Senhor que está para chegar. É verdade, Jesus voltou para junto do Pai, mas prometeu que voltaria. A Sua segunda vinda decidirá a nossa existência terrena.
-20 de Novembro – N. Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo
(Ez 34, 11-12.15-17)
"Quanto a vós, meu rebanho, hei-de fazer justiça entre ovelhas e ovelhas"
(1 Cor 15, 20-26.28)
"Entregará o reino a Deus Pai, para que seja tudo em todos"
(Mt 25, 31-46)
"Sentar-Se-á no Seu trono glorioso e separará uns dos outros"
Deus é o dono do rebanho e quer que as suas ovelhas tenham vida como Ele a tem. Jesus Cristo, como pastor por excelência, tem um cuidado especial com as suas ovelhas e, da mesma maneira, Ele espera que nós Lhe sejamos fiéis e permaneçamos no Seu amor.
-27 de Novembro - I do Advento-Novo Ano Litúrgico-Ano B
(Is 63, 16b-17.19b; 64, 2b-7)
"Oh se rasgásseis os céus e descêsseis!"
(1 Cor 1, 3-9)
"Esperamos a manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo"
(Mc 13, 33-37)
"Vigiai, porque não sabeis quando virá o dono da casa"
Com a interpelação de Jesus, de vivermos em constante vigilância, comecemos o nosso tempo de Advento fortalecidos pela esperança. O cristão sabe que seguir os ensinamentos de Cristo é estar certo de que obterá a salvação eterna. O reino de Deus virá como um ladrão de noite, por isso devemos ter presente as palavras de Jesus: “Vigiai.”

INTENÇÕES DO PAPA
PARA O APOSTOLADO DA ORAÇÃO
Geral: Tradição das Igrejas Orientais. Pelas Igrejas Católicas Orientais, para que a sua venerável tradição seja conhecida e estimada enquanto riqueza espiritual para a toda a Igreja.
Missionária: Reconciliação no continente africano. Para que o continente africano encontre em Cristo a força de realizar o caminho de reconciliação e justiça indicado pelo segundo Sínodo dos bispos de África.

TOME NOTA

-2 de Novembro  - São celebradas  missas às 9h00; 12h00 e às 19h00.
Indulgência Plenária: Pode ser alcançada todas as vezes que se visite a Igreja e o cemitério, rezando 5 Pai-Nossos, 5 Avé-marias e 5 Glórias e pelas intenções do Santo Padre e aplicada por cada defunto, familiar ou amigo.
-4 de Novembro – Exposição do Santíssimo Sacramento ás 18h00.
-11 de Novembro – Dia de São Martinho.                  
-13 de Novembro – Dia dos Seminários Diocesanos:
Seminário Maior de Cristo Rei (Olivais)
Seminário de São José (Caparide)
Seminário Nossa Senhora da Graça (Penafirme)
Seminário“Redemptóris Mater” de Nossa Senhora de Fátima
Pré-Seminário
-Inscrições para a Peregrinação à Terra Santa, em Setembro de 2012, fazem-se no Cartório Paroquial ou com o Sr. Armando Antão.

Folha elaborada e distribuída sob responsabilidade do
Pároco, Pe. Manuel Vitorino da Silva Moreira Fernandes
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Comunidade Paroquial S. Bartolomeu do Beato
ECOS DO BEATO
Folha Informativa – Outubro de 2011 – N.º 9

PROPÓSITO DA REABERTURA DA CATEQUESE
RESPONSABILIDADE DOS PAIS NA EDUCAÇÃO RELIGIOSA DOS FILHOS
Na nossa Paróquia, foi durante a semana de 15 a 20 de Setembro que se fez a inscrição das crianças na Catequese, para o ano lectivo de 2011 a 2012.
Mais uma vez se lembra que os pais são os primeiros responsáveis pela educação moral e espiritual de seus filhos, logo a partir da primeira infância.
Não se pode deixar de ficar chocado quando se ouvem pais cristãos a dizer ao filho: Pronto, se não queres ir à Catequese, não vás. Isso é lá contigo. Com tal dizer, até parece que os pais não têm qualquer responsabilidade e autoridade nesta questão, mesmo que o filho tenha apenas 6 anos!...
É caso para perguntar a estes pais:
- E se o filho não quer ir à escola, para aprender as primeiras letras?
- E se o filho não quer comer, para se alimentar e crescer com saúde?
Aqui, haverá pais que respondem imediatamente: Mas isso é diferente…
Quer então dizer que, para alguns pais cristãos, receber educação moral e religiosa não é tão importante nem depende tanto deles como aprender letras e números na escola ou cuidar do bem-estar do filho com uma alimentação sadia.
Isto é dito a pais cristãos. Deles se espera uma atitude de responsabilidade e coerência, não vá acontecer que privem os filhos de valores e referências fundamentais para uma vida digna, até no aspecto humano.
Se mesmo com frequência da catequese há jovens que se perdem nos caminhos da vida, que é de esperar da parte de jovens que não receberam, na devida idade, princípios que os orientam no futuro?
A este propósito, o Papa João Paulo II, na sua Exortação Apostólica sobre a Catequese (1979), depois de afirmar que a Paróquia é o «lugar privilegiado» para a Catequese (nº67), logo adverte que a acção catequética da família tem um carácter particular e, num certo sentido, insubstituível (nº68).
Deixa-se, assim, claro que a parte dos pais na formação catequética dos filhos inclui dois aspectos: por um lado, a iniciação em família dos filhos, desde a mais tenra idade, na fé e na oração; e, por outro lado, a inscrição dos filhos na catequese da Paróquia, em ordem ao aprofundamento metódico dessa iniciação nas verdades da fé e na prática da oração.


MÊS DE OUTUBRO MÊS DO SANTO ROSÁRIO
MEDITAR COM MARIA OS MISTÉRIOS DE CRISTO
O Santo Padre João Paulo II quis assinalar o Jubileu do 25º aniversário do seu Pontificado enquadrando-o num Ano do Rosário, que decorreu de Outubro de 2002 a Outubro de 2003. De facto, foi no dia 16 de Outubro de 1978 que João Paulo II foi eleito, inaugurando solenemente o seu ministério pontifício no dia 22 daquele mês.
O Papa tornou pública esta sua decisão de instituir o referido Ano do Rosário na Carta Apostólica sobre o Rosário, com a data de 16 de Outubro de 2002 (título em latim: Rosarium Virginis Mariae).
Nesta Carta Apostólica, João Paulo II convida fiéis a contemplar Jesus Cristo nos seus diversos «mistérios», com os olhos de Maria no seu caminho com Cristo, desde a Anunciação até à glorificação celestial. O Papa desafia-nos a transformar a recitação do Rosário em «oração contemplativa» e em caminho de santidade.
A novidade mais importante deste documento de João Paulo II está na introdução, no esquema tradicional do Rosário, de mais um conjunto de «mistérios: são os mistérios da luz», com os quais se evocam momentos especialmente significativos da vida pública do Salvador, desde o seu Baptismo até à instituição da Eucaristia.
Assim se pôs termo ao número simbólico das 150 Avé-Marias (em correspondência com os 150 salmos bíblicos, recitados na Liturgia das Horas), ampliando esse número para 200. Era algo necessário, como explica o Santo Padre, para encher o vazio que se deixava entre a infância de Jesus e a sua paixão.
De agora em diante, cada um dos quatro conjuntos de mistérios do Rosário (infância, vida pública, paixão e glorificação) deverá chamar-se «quarto» (quarta parte do Rosário), e não, como até agora, «terço» (terça parte do Rosário).
Vem aí o mês de Outubro, desde há séculos chamado o Mês Rosário. Aproveitemos esta oportunidade para voltar à recitação do Rosário de Maria na Igreja Paroquial às horas indicadas (excepto às segundas-feiras) e nas Famílias.
A recitação do Rosário em “ oração contemplativa” é como um passeio pelo jardim acompanhados por Maria e vendo com os seus olhos os Mistérios da vida pública de Jesus Seu Filho.
Durante séculos, os mistérios propostos à meditação foram 15, repartidos por três “terços”:
Mistérios Gozosos (Anunciação; Visitação; Natal; Apresentação; Perda e encontro no Tempo);
Mistérios Dolorosos (Agonia; Flagelação; Coroação de Espinhos; Via Sacra; Paixão e Morte);
Mistérios Gloriosos (Ressurreição; Ascensão; Envio do Espírito Santo; Assunção; Coração de Nossa Senhora).
Na referida carta apostólica, João Paulo II propõe uma quarta série de mistérios, os da vida pública, a meditar na quinta-feira, a que se deu o nome de Mistérios Luminosos (Baptismo do Senhor; Auto-revelação nas Bodas de Caná; Anúncio do Reino e Convite à conversão; Transfiguração; Instituição da Eucaristia como Sacramento do Mistério Pascal).

LITURGIA DA PALAVRA
-2 de Outubro - XXVII Domingo do Tempo Comum
(Is 5, 1-7)
"A vinha do Senhor do Universo é a casa de Israel"
(Filip 4, 6-9)
“Ponde isto em prática e o Deus da paz estará convosco”
(Mt 21, 33-43)
“Arrendará a vinha a outros vinhateiros”

É claro o ensinamento da Palavra de Deus hoje. Julgamo-nos privilegiados, pois Deus tem colocado os Seus olhos em nós e, não obstante sermos pequeninos, fomos escolhidos para uma missão muito maior. Essa missão consiste em dar frutos de amor, de cuidado, de protecção.

-9 de Outubro - XXVIII Domingo do Tempo Comum
(Is 25, 6-10a)
"O Senhor preparará um banquete e enxugará as lágrimas de todas as faces"
(Filip 4, 12-14.19-20)
"Tudo posso n’Aquele que me conforta"
(Mt 22, 1-14)
"Convidai para as bodas todos os que encontrardes"

O nosso relacionamento com Deus deve ser um encontro de carácter festivo. Não podemos rejeitar o convite que Ele nos faz para participar no banquete. Dizer que estamos demasiado ocupados nas actividades quotidianas faz-nos perder a plena felicidade que vem de Deus.

-16 de Outubro - XXIX Domingo do Tempo Comum
(Is 45, 1.4-6)
"Tomei Ciro pela mão direita para subjugar diante dele as nações"
 (1 Tes 1, 1-5b)
"Recordamos a vossa fé, caridade e esperança"
(Mt 22, 15-21)
"Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus"

O cristão deve ser o melhor cidadão. Nada do que devemos a Deus damos a César. Contudo, a fé religiosa não nos exime de obedecer à autoridade estatal legítima e justa e de com ela colaborar: pagamento de impostos, cumprimento das leis, responsabilidade cívica, participação democrática crítica e construtiva e solidariedade na justiça.

-23 de Outubro - XXX Domingo do Tempo Comum
(Ex 22, 20-26)
"Se fizerdes algum mal à viúva e ao órfão, inflamar-se-á a minha ira contra vós"
(1 Tes 1, 5c-10)
"Convertestes-vos dos ídolos para servir a Deus e esperar o Seu Filho"
(Mt 22, 34-40)
"Amarás o Senhor teu Deus e o próximo como a ti mesmo"
O comportamento do cristão baseia-se no amor. Viver para amar a Deus, em qualquer tempo e lugar. Amar a Deus para que Ele seja dono de nós e expandir o Seu amor desde nós até aos nossos irmãos. Amar o próximo é uma consequência do amor a Deus. Ajudar quem precisa, ser incondicional no serviço que prestamos, estar disponível para aqueles que nos procuram.

-30 de Outubro - XXXI Domingo do Tempo Comum
(Mlq 1, 14b- 2,2b.8-10)
"Eu sou um grande Rei, diz o Senhor do Universo"
(1 Tes 2, 7b-9.13)
"Fizemo-nos pequenos no meio de vós"
(Mt 23, 1-12)
“Um só é o vosso Mestre e vós sois todos irmãos"

A ganância, a vaidade, a soberba, o egoísmo, a arrogância são atitudes que conduzem ao isolamento e à morte, por isso não devem fazer parte da vida do cristão.
INTENÇÕES DO PAPA
PARA O APOSTOLADO DA ORAÇÃO
Geral: Doentes terminais. Pelos doentes terminais, para que os seus sofrimentos sejam aliviados pela fé em Deus e pelo amor dos seus irmãos.
Missionária: Crescimento da ajuda às missões. Para que a celebração do Dia Mundial das Missões faça crescer no povo de Deus a paixão da evangelização assim como o apoio a toda a actividade missionária, pela oração e pela ajuda económica às Igrejas mais pobres.

TOME NOTA
- Abertura do Novo Ano Pastoral 2011-2012 a 1 de Outubro, cujo lema é “ Assumir a Palavra de Deus como Luz para a Vida e Alma da Nova Evangelização.
                    - Peregrinação anual, da Paróquia de São Bartolomeu do Beato, ao Santuário da Nossa Senhora de Fátima, a 15 de Outubro, dia de Santa Teresa de Jesus (Teresa de Ávila), Virgem e Doutora da Igreja, devendo as inscrições ser feitas no Cartório até 8 de Outubro.
                    - Novo horário do Cartório: fecha à segunda-feira e abre ao Sábado de manhã. A Igreja Paroquial encerra às segundas-feiras.
                    - Abertura do Ano Catequético e do Ano Escutista do Agrupamento 760 em Outubro.
                    - Todas as famílias são convidadas a rezar o Rosário em casa durante o mês de Outubro; também na Igreja Paroquial será recitado o terço todos os dias, excepto às segundas-feiras.
                    - Dia Mundial das Missões, 23 de Outubro, Domingo XXX do Tempo Comum, sendo o ofertório das missas para as Missões.
- Atraso dos relógios uma hora, na noite de 30 para 31 de Outubro.

É NECESSÁRIO PARAR E MEDITAR
No nosso tempo, vivemos absorvidos por numerosas actividades e compromissos, preocupações e problemas; muitas vezes tendemos a preencher todos os espaços do dia, sem ter um momento para parar, meditar e alimentar a vida espiritual, o contacto com Deus. É necessário encontrar momentos para nos recolhermos em silêncio e meditar sobre aquilo que o Senhor nos quer ensinar, sobre o modo como está presente e age no mundo e na nossa vida: sermos capazes de parar um momento e meditar.
Meditar quer dizer criar em nós uma atitude de recolhimento, de silêncio interior para ponderar, assimilar os mistérios da nossa fé e de quanto Deus realiza em nós; e não só sobre as coisas que vão e vêm.
É mesmo esta a finalidade da meditação: entregarmo-nos cada vez mais nas mãos de Deus, com confiança e amor, certos de que só no cumprimento da Sua vontade seremos, enfim, verdadeiramente felizes.
Bento XVI – Audiência de 17.08.2011


Folha elaborada e distribuída sob responsabilidade do
Pároco, Pe. Manuel Vitorino da Silva Moreira Fernandes
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Comunidade Paroquial S. Bartolomeu do Beato
ECOS DO BEATO
Folha Informativa – Agosto/Setembro de 2011 – N.º 8





Comunidade Paroquial S. Bartolomeu do Beato
MADRID: Jornadas Mundiais da Juventude

D. António Maria Rouco, anfitrião do próximo encontro global da pastoral juvenil, antevê a descoberta de novos caminhos e vocações

O arcebispo de Madrid considera que a etapa das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), que a sua comunidade se prepara para acolher entre 16 e 21 de Agosto, permite criar uma “geração identificada com a fé, em comunhão com a Igreja”.
No encerramento de um curso de verão intitulado “os jovens e a Igreja Católica”, organizado pela universidade Rei Juan Carlos em Aranjuez, D. António Maria Rouco convidou os jovens a “abrirem caminho à evangelização”, apoiados num “acontecimento de extraordinária importância”.
De acordo com a agência Zenit, o prelado aproveitou ainda para recordar as palavras de João Paulo II, fundador das JMJ, em 1989, quando a arquidiocese de Santiago de Compostela acolheu o evento.
Tal como agora, o arcebispo foi anfitrião do evento e reteve o convite deixado pelo Papa polaco aos mais novos, para que “vivessem a sua vocação e missão de uma forma directa, centrada em Jesus Cristo, caminho, verdade e vida”.
As metas estabelecidas, ano após ano, pela pastoral juvenil, consolidadas agora por Bento XVI, são mesmo o “segredo do sucesso das jornadas”, permitindo a descoberta de “novos caminhos”, sublinha.
D. António Maria Rouco espera sobretudo que, de entre o milhão de jovens que se inscreveram para as JMJ2011, “surjam novas vocações, para o sacerdócio, a vida consagrada e a família cristã”.
As Jornadas Mundiais da Juventude, que se realizam desde 1985, devem contar este ano com mais de 15 mil portugueses.
Lisboa, 23 Jul 2011 (Ecclesia) – JCP


Cônsul português em Madrid deixa conselhos práticos aos peregrinos portugueses


O cônsul português em Madrid está “impressionado”com a forma como tem decorrido a organização das Jornadas Mundiais da Juventude, mas alerta para um conjunto de situações que podem garantir aos peregrinos maior segurança.

“A inscrição formal junto das respectivas paróquias em Portugal dá direito a um conjunto de benefícios, entre os quais a possibilidade de seguro médico, a utilização de transportes públicos de forma gratuita e a atribuição de senhas de refeição válidas em 6 mil restaurantes da cidade”, sublinha João Castel-Branco da Silveira.

Em entrevista à Rádio Vaticano, aquele responsável adianta ainda que, “não obstante Madrid ser uma cidade segura, é aconselhável viajar com pouco dinheiro e não deixar bens à vista”.

Outro conselho diz respeito ao cuidado a ter com os documentos de identificação, como passaportes ou cartões do cidadão.
“Quem aqui chegar pode tirar uma fotocópia do seu cartão de cidadão, por exemplo, já que esta pode ser autenticada em qualquer esquadra espanhola”, explica o diplomata português.

Até ao momento, os dados da organização apontam para cerca de 400 mil jovens formalmente inscritos, a nível global, número distante do milhão de peregrinos previstos para tomarem parte no certame, entre 16 e 21 de Agosto.

De Portugal, chegaram até ao momento cerca de 11400 pedidos de participação, jovens que contarão com o apoio do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil e da Conferência Episcopal Portuguesa.

João Castel-Branco da Silveira destaca a “forte adesão de alguns países da Ásia, África e Oceânia”, como as Filipinas, Nigéria, África do Sul e Austrália”.

Uma resposta que “diz muito, pela distância e custo das viagens a efectuar”, realça.

Alguns dos eventos previsivelmente mais concorridos das JMJ, como a vigília e a missa de encerramento, nos dias 20 e 21, serão realizados numa zona mais distante de Madrid, no aeródromo de Cuatro Vientos.

Para prevenir eventuais problemas, foram disponibilizados diversos postos de segurança, fornecimento de cuidados de saúde e de água, já que se prevêem altas temperaturas.

A 12ª edição do maior encontro de jovens da Igreja Católica, lançado pelo Papa João Paulo II em 1985, tem este ano como tema «Enraizados e edificados em Cristo, inabaláveis na fé».

Lisboa, 23 Jul 2011 (Ecclesia) – JCP


LITURGIA DA PALAVRA

-7 de Agosto - XIX Domingo do Tempo Comum
(1 Rs 19, 9a.11-13a)
"Sai e permanece no monte à espera do Senhor"
(Rom 9, 1-5)
"Quisera eu próprio ser separado de Cristo por amor dos meus irmãos"
(Mt 14, 22-33)
"Manda-me ir ter contigo sobre as águas"

Às vezes existe uma longa distância entre o crente que professamos ser e o crente que na realidade somos. A fé é um caminhar sobre as águas com a certeza de encontrarmos sempre uma mão amiga que nos salva.

-14 de Agosto - XX Domingo do Tempo Comum
(Is 56, 1.6-7)
"Conduzirei os filhos dos estrangeiros ao meu santo monte"
(Rom 11, 13-15.29-32)
"Os dons e o chamamento de Deus para com Israel são irrevogáveis"
(Mt 15, 21-28)
"Mulher, é grande a tua fé"

Inserido na comunidade humana, assiste a todo o homem um conjunto de direitos e deveres que não podem ignorar-se. Porque filho e imagem do próprio Deus, ele é, entre todas as criaturas, o que de mais digno existe. Porque todos são indistintamente “chamados à salvação”, a todos deve ser presente o anúncio do Evangelho, o que pressupõe, da parte do cristão, um compromisso inadiável com a vida dos membros da comunidade.

-15 de Agosto - Assunção da Virgem Santa Maria
(Ap 11, 19a; 12, 1-6a.10ab)
"Uma mulher revestida de sol e com a lua debaixo dos seus pés"
(I Cor 15, 20-27)
"Primeiro, Cristo, como primícias; depois os que pertencem a Cristo"
(Lc 1, 39-56)
"O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas: exaltou os humildes"

A Assunção da Virgem Santa Maria ao Céu, em corpo e alma, é a garantia de que o homem se salvará todo: também o nosso corpo ressuscitará! A Assunção de Maria é o penhor seguro de que o homem triunfará da morte!

-21 de Agosto - XXI Domingo do Tempo Comum
(Is 22, 19-23)
“Porei aos seus ombros a chave da casa de David”

(Rom 11, 33-36)

"D’Ele, por Ele e para Ele são todas as coisas"
(Mt 16, 13-20)
“Tu és Pedro e dar-te-ei as chaves do reino dos Céus”

Jesus é na verdade o Messias, não o Messias triunfalista e prepotente de nacionalismo exagerado, mas sim o homem ao serviço das mais profundas causas humanitárias e divinas. Jesus é o profeta do amor, da justiça, da paz.

-28 de Agosto - XXII Domingo do Tempo Comum
(Jer 20, 7-9)
"A palavra do Senhor tornou-se para mim ocasião de insultos …"
(Rom 12, 1-2)
"Oferecei-vos como vítima viva"
(Mt 16, 21-27)
"Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo"

Todo o empreendimento humano, de grande ou pequeno vulto, supõe, habitualmente, uma entrega e uma doação totais. Só assim o homem consegue realizar alguma coisa de útil na vida. Ao aceitar a Palavra de Deus, o homem, no íntimo mais profundo do seu ser, estabeleceu uma aliança com uma Pessoa – Jesus Cristo – e não com uma ideologia. O preço da fidelidade a esta aliança é a renúncia de si mesmo.

- 4 de Setembro - XXIII Domingo do Tempo Comum
(Ez 33, 7-9)
"Se não falares ao ímpio, pedir-te-ei contas do seu sangue"
(Rom 13, 8-10)
"A caridade é o pleno cumprimento da lei"
(Mt 18, 15-20)
"Se te escutar, terás ganho o teu irmão"

Jesus insistiu muito em que não pode haver religião verdadeira sem amor aos homens. Uma religião que se multiplique em "actos de culto" e ignore o sofrimento dos pobres é vazia. Embora o não cumpramos, não nos é difícil admiti-lo. Mas há uma outra afirmação de Jesus que nos entra mais dificilmente na cabeça e no coração, aquela que diz respeito ao perdão de todas as ofensas.  

-11 de Setembro - XXIV Domingo do Tempo Comum
(Sir. 27, 33; 28, 9)
"Perdoa a ofensa do teu próximo e, quando pedires, as tuas faltas serão perdoadas"
(Rom. 14, 7-9)
"Quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor"

(Mat. 18, 21-35)

"Não te digo que perdoes até sete vezes, mas até setenta vezes sete"

No Evangelho, o perdão não é um acto de cedência, muito menos de cobardia. È um dom de amor, inspirado no amor de Deus. É um acto de maturidade e de força, não a força da violência, mas a força da fortaleza. Por isso uma das bem-aventuranças é a dos misericordiosos, a par dos que têm fome e sede de justiça.

-18 de Setembro - XXV Domingo do Tempo Comum
(Is 55, 6-9)
"Os meus pensamentos não são os vossos"

(Filip 1, 20c-24.27a)

“Para mim, viver é Cristo”
(Mt 20, 1-16a)
“Serão maus os teus olhos porque eu sou bom?”

A palavra da esperança: Deus pode castigar, mas o seu castigo não é sem fim; se o homem se converte, Deus perdoa.

-25 de Setembro - XXVI Domingo do Tempo Comum
(Ez 18, 25-28)
"Quando o pecador se afastar do mal, salvará a sua vida"
(Filip 2, 1-11)
"Tende os mesmos sentimentos de Cristo Jesus"
(Mt 21, 28-32)
“Arrependeu-se e foi. Os publicanos e as mulheres de má vida irão adiante de vós para o reino de Deus”

Em cada domingo reunimo-nos para a celebração da Eucaristia em resposta à Palavra de Deus que nos convida, e como afirmação de fidelidade total ao compromisso do nosso baptismo. Porém, não podemos julgar da nossa bondade e santificação, única e exclusivamente, por esta presença comunitária na celebração do culto. A correspondência dos nossos actos às palavras, será a justa medida da autenticidade da nossa fé, fraternidade e amor aos nossos irmãos.

INTENÇÕES DO PAPA
PARA O APOSTOLADO DA ORAÇÃO

Geral: Jovens alicerçados em Cristo. Para que a Jornada Mundial da Juventude, celebrada em Madrid, encoraje todos os jovens do mundo a enraizar e alicerçar as suas vidas em Cristo.
Missionária: Renovação da fé no Ocidente. Para que os cristãos do Ocidente, dóceis à acção do Espírito Santo, redescubram a frescura e o entusiasmo da fé.

TOME NOTA
- As inscrições para a Catequese e para os Escuteiros devem ser feitas, até 15 de Setembro, no Cartório Paroquial, nas horas do expediente;

- As férias do Pároco terão lugar de 1 a 12 de Agosto e de 1 a 16 de Setembro. Nestes períodos, não haverá missa durante a semana, apenas havendo Celebração da Palavra;
- Durante os meses de Agosto e Setembro, nos Domingos e Dias Santos, não será celebrada missa às 18H30;
- As inscrições para a Peregrinação Paroquial a Fátima, a realizar em 15 de Outubro (Sábado), devem ser feitas, entretanto, no cartório Paroquial, nas horas de expediente;
- De 20 de Julho até 7 de Setembro, o Banco Alimentar está fechado, passando depois a funcionar na Calçada do Duque de Lafões, n.ºs 80 e 80A.

Folha elaborada e distribuída sob responsabilidade do
Pároco, Pe. Manuel Vitorino da Silva Moreira Fernandes
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Folha Informativa – Junho de 2011 – N.º 6

UMA QUESTÃO ACTUAL

 








PALAVRA DO PÁROCO

SERÁ A CREMAÇÃO PROIBIDA PELA IGREJA?

Chama-se cremação à destruição intencional de um cadáver humano pelo fogo, reduzindo-o a cinza, que é como pó da terra (Génesis 3.19).
Trata-se de uma prática muito antiga, havendo indícios dela já no ano 4000 antes de Cristo.
Tal costume parece ter-se generalizado na Península Ibérica, desde o tempo dos romanos, e depois talvez também por influência de povos vindos do Oriente.
Os cristãos, logo desde o início, só admitiram, para os seus mortos, a tumulação por «inumação», à imitação do modo como Jesus fora sepultado e também por respeito para com um corpo que estava destinado à ressurreição no final dos tempos. E foi por isso que eles substituíram o nome pagão de necrópole (cidade dos mortos) pelo cemitério (dormitório).
Só com a Revolução Francesa de 1789 se tentou reintroduzir a prática da cremação na Europa, com a clara intenção de destruir a crença do povo na imortalidade.
Foi por causa dessa intenção anti-religiosa da cremação que a Igreja Católica, desde finais do séc. XIX, começou a pôr-lhe muitas reservas, a ponto de negar serviços religiosos aos que optassem por tal prática.
Mas, entretanto, a cremação deixou de ter carácter anti-cristão, começando mesmo a justificar-se por razões de saúde pública.
E é por isso que, na actualidade, a Igreja reconhece a legitimidade da cremação. Na liturgia renovada das Exéquias apresentam-se, mesmo, textos e normas para os casos em que o cadáver se destina à cremação, mas ressalvando sempre que ela não tenha sido escolhida por motivos anti-religiosos.
Torna-se manifesto que a cremação de um cadáver humano não levanta dificuldades para a crença cristã na futura ressurreição dos corpos.
Deus, para nos dar um corpo ressuscitado no final dos tempos, não está dependente nem do pó a que é reduzido o corpo numa sepultura, nem das cinzas resultantes da sua cremação.
A ressurreição final, como, aliás, a própria Ressurreição gloriosa de Jesus Cristo, está acima das leis da física e da química
Vem a propósito recordar aqui o ensinamento de S. Paulo sobre o modo como os mortos hão-de ressuscitar: semeado corruptível, o corpo é ressuscitado incorruptível; semeado na desonra, é ressuscitado na glória; semeado na fraqueza, é ressuscitado cheio de força; semeado corpo terreno, é ressuscitado corpo espiritual. Assim está escrito: o primeiro homem, Adão, um espírito que vivifica. Mas o primeiro não foi o espiritual, mas o terreno; o espiritual vem depois. O primeiro homem tirado da terra, é terrestre; o segundo vem do céu (I Coríntios 15, 43-47).
Pe. Manuel Fernandes



QUE ESTAMOS A FAZER DA VIDA E DA LIBERDADE?

NUM MUNDO DE CONTRASTES
Ao século XIX chamaram-lhe o «século das luzes», pelos grandes avanços científicos que nele se registaram. Mas também houve quem lhe chamasse o «estúpido século XIX», pelas ilusões que esses avanços criaram no espírito de muitas pessoas.
Ao século XX, chamava-se-lhe o «século da liberdade» e da implantação da democracia. Mas ele também assistiu (e com aplauso de muitos) à criação de terríveis ditaduras, a soldo de regimes comunistas e de sistemas fascistas, no Oriente e no Ocidente da Europa.
E parece que o ainda mal começado século XIX continua agarrado ao gosto dos contrastes. Pelo menos, é essa a análise que o escritor americano George Carlin acaba de fazer dos tempos modernos. A comprovar a sua leitura dos tempos em que vivemos, o autor aponta uma série de contrastes que vale a pena transcrever aqui.
A análise de George Carlin dá que pensar. Ela faz concluir que o actual bem-estar material de que desfrutam as democracias europeias e americanas, cada vez mais fechadas a horizontes mais altos e indiferentes a valores espirituais e morais, criam nas novas gerações um terrível engano, de que todos somos mais ou menos responsáveis.
É caso para dizer, como a sabedoria popular, que anda meio mundo a enganar outro meio.
Dêmos então a palavra a George Carlin.
«Temos edifícios cada vez mais altos, mas uma moralidade cada vez mais baixa»
Temos auto-estradas cada vez mais largas, mas horizontes cada vez mais estreitos.
Temos casas cada vez maiores e melhores e famílias cada vez mais pequenas.
Temos cada vez mais instrução, mais estudos e cada vez menos sabedoria.
Temos muitos mais peritos em todos os assuntos, mas cada vez mais problemas.
Temos muitos e variados remédios para as doenças, mas uma vida pouco saudável.
Idolatramos a televisão, mas não adoramos a Deus sobre todas as coisas.
Falamos muito de amor e de paz, mas amamos muito pouco e somos violentos.
Sabemos como ganhar a vida, mas não dialogamos acerca do sentido da vida.
Procuramos a vida noutros planetas, mas deixamos que na Terra se morra de fome.
Conseguimos dominar o átomo, mas não dominamos os nossos preconceitos.
Somos ricos em coisas e mais coisas, mas pobres nas relações humanas.
Multiplicámos os nossos bens, mas não aumentaram os valores humanos.
Acrescentámos anos à vida neste mundo, mas não demos mais vida aos anos.»
Pe. Manuel Fernandes 


LITURGIA DA PALAVRA:
- 5 de JunhoAscensão do Senhor   
(Act 1, 1-11)
"Eu compus o meu primeiro livro (o "Evangelho segundo S. Lucas") sobre todas as coisas que Jesus fez e ensinou, até ao dia em que foi levado para o alto."
      (Ef 1, 17-23)
"O Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória vos conceda um espírito de sabedoria e de revelação para O conhecerdes bem."
      (Mt 28, 16-20)
"Ide fazer discípulos de todas as nações, baptizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinai-lhes a cumprir tudo quanto vos mandei. E Eu estou sempre convosco, até ao fim dos tempos."
        
Ao concluir-se a missão de Jesus na Terra, começa a missão da Igreja, que é o Seu Corpo. Ele, porém, como cabeça, continua a guiar-nos e a manifestar-se nos irmãos e na comunidade.

-12 de JunhoPentecostes
(Act 2, 1-11)
"Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar.”
(1Cor 12, 3b-7.12-13)
"Todos nós fomos baptizados num só Espírito, para formarmos um só Corpo."
(Jo 20, 19-23)
"Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós: Recebei o Espírito Santo."

O Espírito que os Apóstolos receberam é dado a todos os crentes no Baptismo, confirmado no Crisma e manifestado todas as vezes que colocarmos os nossos dons e carismas ao serviço da comunidade.

- 19 de JunhoSantíssima Trindade
(Ex 34, 4b-6.8-9)
"O Senhor, o Senhor é um Deus clemente e compassivo."
(2Cor 13, 11-13)
"A graça de Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo."
(Jo 3, 16-18)
"Deus enviou o Seu Filho ao mundo para que o mundo seja salvo por Ele."

As três pessoas da Santíssima Trindade formam uma comunidade perfeita, em comunhão de amor e, por isso, todas as comunidades cristãs são chamadas, por vocação, a reflectirem esta mesma unidade no amor.

- 23 de JunhoSantíssimo Corpo e Sangue de Cristo
(Deut 8, 2-3.14b-16a)
“Deu-te o alimento, que nem tu nem os teus pais tinham conhecido.”
(1Cor 10, 16-17)
"Há um só pão, formamos um só corpo."
(Jo 6, 51-58)
“A minha carne é verdadeira comida, o meu sangue é verdadeira bebida.”

A Eucaristia é, verdadeiramente, o “mistério da fé”, é o coração da vida cristã, a sua fonte e vértice, como declarou o Concílio Vaticano II, o fundamento da esperança e alimento do amor. Tudo isso é o que celebramos hoje, reconhecendo que o pão e o vinho que comungamos são verdadeiramente o Corpo e o Sangue de Cristo que se dá constantemente para a nossa salvação.

- 26 de Junho – XIII Domingo do Tempo Comum
(2Rs 4, 8-11.14-16a)
Deus retribui a hospedagem facultada ao profeta Eliseu.

(Rom 6, 3-4.8-11)

O baptismo, segundo S. Paulo, é inserção na morte e ressurreição de Jesus.
(Mt 10, 37-42)
"Quem ama o pai ou a mãe, o filho ou a filha, mais do que a Mim, não é digno de Mim... Quem não toma a sua cruz para me seguir, não é digno de Mim."

Por meio do Baptismo fomos incorporados em Cristo que vive para sempre. Com o Baptismo comprometemo-nos com um novo modo de ser e de agir, e isso dá-nos ânimo para celebrar a nossa fé e expressá-la em sinais concretos de vida nova.

INTENÇÕES DO PAPA
PARA O APOSTOLADO DA ORAÇÃO
Geral: Sacerdotes, testemunhas do Amor. Para que os sacerdotes, unidos ao Coração de Jesus, sejam sempre verdadeiras testemunhas do amor previdente e misericordioso de Deus.

Missionária: Vocações missionárias. Para que o Espírito Santo faça surgir, no seio das nossas comunidades, numerosas vocações missionárias, dispostas a consagrarem-se plenamente à difusão do Reino de Deus.

TOME NOTA


1 de Junho - Dia Mundial da Criança
18 de Junho - Fim do Ano Catequético - Visita ao Monte Selvagem – Montemor-o-Novo. (passeio de Catequese)
19 de Junho - Dia da Igreja Diocesana, a ser integrado nas comemorações do Cinquentenário da ordenação Sacerdotal do Senhor Cardeal Patriarca, D. José Policarpo, sobre o tema "
50 anos ao serviço da palavra".
Com o objectivo de sensibilizar a Igreja Diocesana á Corresponsabilidade no Múnus de Ensinar próprio do Bispo Diocesano, o Dia da Igreja Diocesana, este ano, irá realizar-se no Externato de Penafirme e será destinado, de forma especial, a todos os agentes pastorais que estão ao serviço da palavra: Professores de Moral e Religião, Teólogos, Leitores, Cantores, Catequistas, Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão, Ministros da Assembleia Dominical na ausência do Presbítero, Membros dos Conselhos Pastorais Paroquiais, Membros dos Institutos de Vida Consagrada, Membros dos movimentos.
27 de Junho - Aniversário natalício do Pároco, Pe. Manuel Fernandes.














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